“Pupi, uma palavra, por favor”. “Cuchu, o que achou da partida?”. “Checho, aqui atrás”. Para quem não conhece o dia a dia da cobertura da seleção argentina na Copa América, essa é a forma como os jornalistas locais se dirigem aos jogadores e comissão técnica dos hermanos. Nada de falar os nomes de Zanetti, Cambiasso ou até mesmo do técnico Sergio Batista, os três citados acima. Apenas seus apelidos.
- Existe essa intimidade aqui. É algo comum para a gente – explicou Gabriel Miadosqui, repórter do jornal "Clarín" para, logo em seguida, gritar: “Coco, Coco, qual é a programação de amanhã?”. Coco é Andres Ventura, assessor de imprensa da AFA. Ou seja, está na seleção, tem apelido.
No entanto, os “apodos” (apelido, em castelhano) não são muito depreciativos – como acontece na maioria das vezes no Brasil - e, alguns, não têm nenhum significado.
- Boa parte vem da infância dos jogadores – contou Juan Pablo, editor do diário "Olé", citando, como exemplo, o do próprio técnico Sergio “Checho” Batista.
- Até Messi tem o dele, que é “Pulga”, por conta dele ser muito pequenino quando criança. Mas a imprensa argentina prefere chamá-lo de Messi mesmo – acrescentou Juan.
Alguns, no entanto, não possuem apelido algum. Exemplo do goleiro reserva Mariano Andujár. Porém, fãs do arqueiro do Catania fazem uma campanha na página oficial do ídolo no facebook para escolher uma alcunha carinhosa.
O GLOBOESPORTE.COM fez uma pesquisa e mostra, explicando na medida da possível, os apelidos de boa parte dos hermanos convocados para Copa América.
Pulga, Apache, Kun: os apelidos de Messi, Tevez e Agüero na Argentina (Arte: Pedro Almeida)
Goleiros
Sergio Romero – Chiquito (apelido de infância)
Carrizo – Pichi (apelido de infância)
Andujár – Não tem apelido
Defensores
Burdisso – Nico (de Nicolas, seu primeiro nome)
Gabi Milito – El Mariscal (por causa da semelhança, herdou o apelido do zagueiro Roberto Perfumo, lenda do futebol argentino)
Rojo – Não tem apelido
Pablo Zabaletta – Zaba (diminutivo do sobrenome)
Garay – El Flaco (por ser magro e esguio)
Pareja – El Hacker (o atleta do Spartak de Moscou é fanático por computadores)
Zanetti – Pupi (apelido de infância)
Meias
Gago – Pintita (de “boa pinta”. O jogador do Real é considerado bonito pelas mulheres argentinas)
Biglia – Principito (caso similar ao de Gago)
Cambiasso – Cuchu (apelido de infância)
Mascherano – Jefe (Chefe, em castelhano. O ex-corintiano é o líder e capitão da seleção albiceleste)
Pastore – El Flaco (por ser magro e esguio)
Banega – Tanguito (apelido de infância)
Atacantes
Tevez – Apache (nasceu e foi criado no bairro Forte Apache)
Messi – Pulga (apelido de infância)
Gonzalo Higuaín – Pipita (Seu pai, Jorge Higuaín, também jogador, era chamado de Pipa, devido ao tamanho do nariz, então o jogador passou ser o Pipita)
Sergio Agüero – Kun (Quando criança, o jogador era fã de um desenho animado japonês chamado “Kum Kum”. Então, seus irmãos passaram a chamá-lo assim de "Kun", pois ele não falava direito o nome do desenho)
Di María – Fideo (por ser alto e magro, é como um fideo, um tipo de spaghetti)
Ezequiel Lavezzi - Pocho (o jogador é fã de um cantor com o mesmo apelido)
Diego Milito – El Principe (por causa da semelhança, herdou o apelido do meia Enzo Francescoli, maior ídolo da história do River Plate)
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