quarta-feira, 6 de julho de 2011

Sem estrelas, CT Rei Pelé vive dias de tranquilidade e vira um 'spa'

Do outro lado do extenso muro que circunda o terreno de cerca de 40 mil metros quadrados entre as avenidas Rangel Pestana e Francisco Manoel, no bairro do Jabaquara, em Santos, convivem algumas das principais estrelas do futebol brasileiro na atualidade. O Centro de Treinamentos Rei Pelé é a casa de Neymar e Paulo Henrique Ganso, astros do Peixe e da renovada Seleção Brasileira.
Time do Santos (Foto: Ricardo Saibun/Divulgação Santos FC)
Em tempos normais, o local está sempre cheio. Do lado de dentro, além dos jogadores e demais funcionários do Peixe, jornalistas, visitantes e alguns torcedores mais sortudos que conseguem a chance de ver os ídolos de perto. Do lado de fora, fãs que, diariamente, passam horas na porta de entrada dos jogadores aguardando um aceno, um autógrafo. Neymar é, de longe, o mais assediado. Sempre há uma aglomeração de garotas com cartazes à espera do craque, para vê-lo nem que seja de relance. Há ainda quem se arrisque a subir nas árvores das calçadas para tentar assistir ao treino. Mas tudo isso, em dias comuns.
Atualmente, o CT Rei Pelé vive dias de extrema calmaria. As ausências de Neymar, Ganso e Elano, que estão servindo à Seleção Brasileira, além da saída de Zé Eduardo, vendido para o Genoa-ITA, transformaram o clima do local. Não há mais fila de fãs na porta. As árvores ganharam descanso. Acompanhando os treinos, apenas os veículos de comunicação que mantêm cobertura diária do Peixe.
Aliás, a falta dos malabarismos de Neymar com a bola, nos momentos de intervalo das atividades, é muito sentida por fotógrafos e cinegrafistas, que costumam passar a maior parte do tempo registrando os movimentos inusitados do garoto de moicano.
Dentro do campo, há também uma significativa mudança de comportamento. Sem Neymar e Zé Love, principalmente, não se vê mais aquele clima de recreio de escola, com brincadeiras, trotes e cantorias. Funcionários do CT comentam que o local virou uma espécie de spa, tamanho é o clima de tranquilidade.
Não que, sem Neymar, o grupo santista se torne mal humorado. É questão de temperamento. Além do mais, muitos jogadores que estão à disposição de Muricy Ramalho chegaram há pouco tempo, casos de Rychely e Borges, além dos garotos que vieram recentemente das categorias de base e ainda estão buscando entrosamento, como o meia Renan Mota.
O zagueiro e capitão do time, Edu Dracena, afirma que, de fato, o clima no CT anda bem mais tranquilo por causa da ausência de algumas estrelas e também pelo fato de o furacão das finais da Taça Libertadores ter passado. Há duas semanas, o local andava muito movimentado. Ele lembra, também, que o grupo santista diminuiu por causa das ausências dos três da Seleção Brasileira principal, dos outros três que estão com a sub-20 (Alex Sandro, Danilo e Felipe Anderson), além dos jogadores que deixaram o clube: Maikon Leite, Zé Eduardo e Alan Patrick. Isso ajuda a deixar  "silenciar" o local. Afinal, são nove atletas a menos, vários deles, líderes da algazarra.
- Se você olhar para o campo durante os treinos desses dias não vai ver muita gente mesmo. Nosso elenco deu uma boa encolhida e mal dá para escalar 18 que vão aos jogos - observa.
 

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