sexta-feira, 20 de maio de 2011

Na mira do Fla, André não deixaria saudade na Ucrânia e na França

O torcedor do Santos tem boas lembranças de André. Ao lado de Neymar e Paulo Henrique Ganso, o atacante conquistou o Paulistão e a Copa do Brasil do ano passado. Em 49 partidas, fez 28 gols. Números que chamaram a atenção do Dínamo de Kiev, da Ucrânia, que o contratou no segundo semestre de 2010. Desde que deixou a Vila Belmiro, porém, não repetiu o bom desempenho. Um ano depois, ele surge como opção de reforço para o Flamengo a partir do início de agosto, quando será aberta a janela de transferências do exterior.
andre bordeaux (Foto: AFP)
André, que chegou a ser convocado para a Seleção Brasileira, tem contrato com os ucranianos até agosto de 2015. Ele praticamente não jogou no Dínamo: nove partidas oficiais e nenhum gol. Pouco aproveitado, foi emprestado ao Bordeaux, da França, no início desta temporada. Por lá, foram oito partidas – apenas uma como titular – e nada de gols. O contrato do jogador termina em junho e a opção de compra não será exercida.

Por conta do interesse do Flamengo, o GLOBOESPORTE.COM ouviu dois jornalistas sobre o desempenho do atleta na última temporada europeia. Segundo Irina Kozupa, do jornal “Gazeta”, o maior jornal em ucraniano da Ucrânia, entre os torcedores a sensação é de desapontamento.

- Os torcedores estavam bastante otimistas quando o André chegou. Eles ficaram orgulhosos quando ele foi convocado, pelo fato de o Dínamo ter um jogador na Seleção Brasileira. Mas agora estão bem decepcionados. Ao que parece, agora o Bordeaux também está decepcionado com ele.

A jornalista conta que o tipo de jogo naquele país e a troca do commando técnico não o favoreceram.

- Infelizmente, ele não nos mostrou nada. Ele é talentoso, sem dúvida, mas em Kiev nós não vimos o melhor dele. Por quê? Talvez o tipo de jogo da liga ucraniana não seja para ele, talvez ele seja muito novo ou talvez o Dínamo não seja bom para trabalhar com jogadores brasileiros. Na Ucrânia, o Dínamo tem uma reputação de desperdiçar talentos. O Shakhtar sabe trabalhar muito melhor com jogadores brasileiros. É difícil analisar as atuações do André. Ele jogou muito pouco e não marcou gols. Ele foi trazido por um treinador, mas agora é outro técnico quem comanda o time, e o André não faz parte dos planos dele.

Atualmente, integram o plantel do Dínamo outros quatro brasileiros: os zagueiros Danilo Silva (ex-Inter), Betão (Corinthians) e Leandro Almeida (Atlético-MG) e o meia e lateral-esquerdo Gerson Magrão (ex-Cruzeiro).

Na França, André também encontrou colegas brasileiros. Henrique, Jussiê, Fernando e Wendel jogam no Bordeaux. Para o editor do site fracês “Sambafoot”, Frédéric Fausser, a presença dos compatriotas não ajudou na adaptação do jogador de 20 anos.

- Eu acho que falta um pouco de maturidade. Ele não estava pronto para sair do país. O Bordeaux tem vários brasileiros e mesmo assim não conseguiu se adaptar. Ele estava acostumado com festa, brincadeiras, mas aqui não deu certo. Minha opinião pessoal: não vai ficar na França, jogou pouco, nunca se adaptou. Foram oito jogos, 174 minutos no campo e nenhum gol. Seria melhor ele voltar ao Brasil.

Esta é a vontade de André. Segundo o agente do atacante, Jean Neto, ele quer voltar logo para tentar recuperar espaço com o técnico Mano Menezes na Seleção. Neto explica que o Dínamo pede € 8 milhões (cerca de R$ 18,4 milhões) para liberá-lo em definitivo. A oferta rubro-negra, no entanto, seria inferior. A opção de empréstimo não está descartada, mas a preferência do clube europeu é pela venda. Ele chega ao Brasil para passar férias no dia 31 de maio.

Meia, ex-Flu, vive drama na Arábia e sofre trote pela morte de Bin Laden


O meia brasileiro Juliano, do Najran SC, teve a sua vida transformada em um livro de aventuras nos últimos dez meses. Desde quando pisou no aeroporto da cidade de Najran, percebeu que ela mudaria radicalmente. Apesar de ser o único jogador do ocidente no time, Juliano acabou virando um xodó entre os jogadores, sendo alvo de brincadeiras pesadas para quem não estava acostumado com o lado bem-humorado dos árabes.
.Com a morte de Osama Bin Laden, os jogadores começaram a provocar Juliano, ameaçando chamar alguns simpatizantes do terrorista para uma assustadora visita ao brasuca.
- Quando foi confirmada a morte, cheguei no treino e comentei com eles. Alguns passaram a fingir que não haviam gostado do fato de eu ter tocado no assunto e começaram a me ameaçar, dizendo que tinham alguns amigos no Iêmen, um país que tem muitos seguidores do Bin Laden. Fui para casa preocupado, achando que tinha falado o que não devia, mas depois eles confirmaram que era apenas uma brincadiera - lembrou o meia, ex-Fluminense, em entrevista por e-mail ao GLOBOESPORTE.COM.
Juliano meia do Najran, da Arábia Saudita (Foto: Divulgação/Arquivo pessoal)
Juliano ainda não conseguiu se acostumar à vida na cidade. Todavia, percebeu que a situação das mulheres é muito mais complicada após uma visita da esposa Daniella, obrigada a vestir a burca e a só sair de casa ao lado do marido.
- Apenas os olhos das mulheres podem aparecer quando elas saem de casa. A Daniella teve que usar a burca o tempo todo, desde quando chegou do aeroporto. Mas no caso dela, podia deixar o rosto à mostra. Ela achou muito difícil, não queria sair. A esposa do meu treinador está aqui com ele e chora quase todo dia. Eu vi que é ruim para o jogador, mas é dez vezes pior para a mulher. Ela não pode falar, não pode fazer nada - lamentou.
Apesar de ter uma vida excessivamente tranquila, já que a única opção de "lazer" de Najran é o supermercado, Juliano vira uma celebridade quando decide sair de casa. No contato com os fãs, o idioma, principal barreira na comunicação, acaba virando motivo de boas risadas.
- Alguns chegam falando "I love you" ("eu te amo"). Acho que é a única coisa que sabem falar em inglês. Todos sabem onde moro, onde compro comida, eles sabem de tudo. Só pela roupa já me reconhecem. Gosto desse contato, de cumprimentá-los e tirar fotos, ajuda a distrair um pouco - diverte-se.
Juliano meia do Najran, da Arábia Saudita (Foto: Divulgação/Arquivo pessoal)
No elenco do time, dois jogadores são policiais. Motivo de preocupação? Nada que o jeitinho brasileiro não ajude a resolver.
- Que nada, eles são os que mais brinco. Nunca os vi trabalhando com farda, mas sei que alguma coisa engraçada iria acontecer. O pessoal era muito fechado, não estavam acostumados com um brasileiro. Mas eu comecei a brincar, a aprender a língua e acabei quebrando o gelo. Na rua você não vê as pessoas sorrindo, ninguém brincando - acrescentou.
Emprestado ao Najran SC pelo Nacional de Portugal, Juliano não deseja continuar. Teve uma despedida emocionante da torcida na semana passada, mas já decidiu que difícilmente voltará a botar os pés na cidade.
- Passo 23 horas do dia preso no apartamento e uma hora treinando. Essa é a minha vida. Só como arroz, frango e carneiro. Não há dinheiro que me faça continuar aqui A vida é muito difícil - desabafou.
Juliano meia do Najran, da Arábia Saudita (Foto: Divulgação/Arquivo pessoal)
Polêmica pode afastar jogador do futebol e rebaixar o time
O Najran SC pode sofrer uma severa punição caso seja confirmado um suposto caso de suborno. O time iria enfrentar o Al Wehda, que teria tentado facilitar o caminho em busca de uma vitória de maneira obscura.
- Era um jogo decisivo, e tínhamos um jogador afastado por indisciplina. Ele ligou para nosso goleiro e disse que o Al Wehda estava oferecendo dinheiro para que não defendesse direito. Ele acabou gravando a conversa e mostrou para um diretor. Por acaso, nesse jogo, o goleiro falhou no primeiro gol, ficou nervoso por acharem que ele teria se vendido. Acabamos perdendo por 5 a 1. No dia seguinte ele disse que estava nervoso e contou o que aconteceu - relatou o brasuca.
Caso o suborno seja confirmado, as penas serão dolorosas para clube e jogador.
- Se for confirmado, disseram que ele não jogará mais bola e o clube vai ser rebaixado - completou.

Cerro bate o Jaguares e enfrenta o Santos na semifinal da Libertadores

O Cerro Porteño está nas semifinais da Taça Libertadores e é o adversário do Santos na luta por uma vaga na decisão da competição continental. Ao bater o Jaguares-MEX por 1 a 0, na noite desta quinta-feira, em Assunção, o time guarani, que empara em 1 a 1 o primeiro confronto (em Chiapas), se credenciou para enfrentar o Peixe na próxima etapa (assista ao gol da classificação no vídeo ao lado). Paraguaios e santistas, inclusive, foram adversários na fase de grupo (1 a 1 na Vila e 2 a 1 para o Santos em Assunção). Ambos somaram 11 pontos, mas o Cerro terminou em primeiro pelo critério de saldo de gols
Mesmo com a chance de se classificar com um empate sem gols, o Cerro Porteño não abdicou do ataque, tamanho o apoio de sua torcida, que lotou o La Olla Azulgrana e não parou de cantar durante um minuto sequer. A fragilidade do time mexicano – lanterna de seu campeonato nacional - também era convidativa. Acanhado e intimidado com a torcida paraguaia, o Jaguares não ofereceu perigo na primeira etapa. Sua principal virtude foi conseguir evitar que o ímpeto ofensivo do Cerro se transformasse em gols.
Com o artilheiro Nani em noite discreta, outro argentino, Fabro, comandava o Cerro. E foi dele o principal lance do time paraguaio na primeira etapa. Em cobrança de falta, aos 17 minutos, o atacante obrigou o goleiro Fabián Villaseñor a fazer grande defesa.
Herói vira vilão, e Cerro avança
Cerro Porteño, comemoração (Foto: EFE)
Na segunda etapa, o chute de Nani rente ao travessão com apenas 35 segundos de jogo deixou claro que o panorama seria o mesmo: Cerro no ataque, e o Jaguares apostando em um contra-ataque fatal, que teimava em não encaixar. E com tanta pressão, Fabián Villaseñor foi de herói a vilão aos 25 minutos. Logo após espalmar para córner um lindo chute de Fabro, o goleiro falhou feio. Na cobrança, ele deixou a bola escapar na cabeça de Pedro Benítez, que marcou quase sem querer: 1 a 0 Cerro Porteño.

Foi a senha para a torcida paraguaia voltar a cantar alto e comemorar a classificação às semifinais. Miguel Martínez, do Jaguares, ainda acertou uma cabeçada no travessão, mas os mexicanos não tiveram mais forças para buscar o empate e levar a partida para os pênaltis. O duelo agora é entre paraguaios e brasileiros.

Com Muricy, Santos melhora setor defensivo, mas vê gols minguarem

Muricy Ramalho no treino do Santos (Foto: Ricardo Saibun / Site Oficial do Santos)
É praticamente uma regra nos times que são comandados por Muricy Ramalho. Quando o treinador começa a montar a equipe, arruma primeiro o sistema defensivo. E depois parte para frente. No Santos não foi diferente.

Sempre criticada, a defesa foi o principal alvo do técnico, que está há pouco mais de um mês no clube. Se antes ele se aproveitava da fragilidade do setor, agora dificulta ao máximo a infiltração do adversário. Mas a frente santista tem sofrido para manter a fama do seu “DNA ofensivo”, como gosta de dizer o presidente Luiz Álvaro de Oliveira Ribeiro.

Comparado com os antecessores Adilson Batista e o interino Marcelo Martelotte, Muricy fez cair bem a média de gols do Peixe por jogo. Em 12 partidas com o atual treinador, o Santos marcou apenas 16 vezes, média de 1,33.
Em pouco mais de três meses como treinador do Santos, Adilson Batista teve a melhor média – 2,09 gols por jogo. Martelotte veio logo em seguida, com média de 2 tentos por partida. Ambos tiveram defesas frágeis, em contrapartida – os dois viram o Peixe levar 13 gols em suas passagens. Muricy tem somente quatro gols sofridos em 12 duelos, entre partidas válidas pela Libertadores e Campeonato Paulista, competição que venceu no último domingo.
- O time está bem equilibrado agora e criando muitas chances. Só falta ter tranquilidade na hora de finalização – afirmou o zagueiro Edu Dracena.

É verdade que a média de gols marcados de Muricy poderia ser maior. No empate em 1 a 1 com o Once Caldas, na quarta-feira, pelas quartas de final da Libertadores, a torcida santista sofreu com as falhas da equipe nas conclusões. Zé Eduardo, que não marca há 13 partidas, foi o principal alvo da ira de quem compareceu ao Pacaembu. Contra os colombianos foram duas finalizações do atacante, ambas para fora.
Na partida com os colombianos, o Santos finalizou contra o gol rival 15 vezes, com cinco chances reais de marcar. O resultado e a classificação foram garantidos graças ao gol de Neymar, que também perdeu um pênalti na disputa.
- O Zé tem sido uma peça importante no esquema. Uma hora a bola vai sobrar e ele vai fazer o gol. É só ter calma. A nossa confiança e do treinador nele é grande – defendeu Dracena.
Neste sábado, contra o Internacional, pela estreia do Campeonato Brasileiro, Muricy poupará todo o time principal – os jogadores ganharão descanso para estarem bem na quarta-feira, quando começa a semifinal da Libertadores para o Peixe. Sem Zé Eduardo e Neymar, o ataque deve ser formado por Keirrison, que tem nove gols em 30 partidas pela equipe, e Rychely, atacante recém-contratado e que não apresentou números expressivos no último Paulista pelo Santo André – foram somente três gols em 15 partidas.

Saudade imperial: último gol de Adriano completa um ano


O império ruiu. Há exatamente um ano, Adriano marcava seu último gol em partidas oficiais, na despedida do Flamengo da Taça Libertadores, e iniciava o período mais difícil de toda a carreira. Disputar a segunda Copa do Mundo e recomeçar a vida na Europa jogando pelo Roma não passariam de sonhos. Não bastassem os problemas fora de campo e o pouco sucesso na Itália, o atacante começou seu calvário contra lesões que o tirariam de combate até o mês de setembro. É o Imperador com saudade do gol.
No dia 20 de maio de 2010, Adriano deu, aos 32 minutos do segundo tempo, a vitória ao Rubro-Negro contra o Universidad de Chile, pelas quartas de final da Libertadores. O triunfo por 2 a 1 de nada serviu (assista ao vídeo dos gols). Os chilenos haviam vencido o primeiro confronto por 3 a 2, no Maracanã, e avançaram à fase seguinte por terem feito mais gols na casa do adversário.
Adriano já tinha decidido voltar à Europa para tentar reconstruir a carreira internacional. Desta vez, em baixa. Apesar de ter sido decisivo para o Flamengo conquistar o Campeonato Brasileiro de 2009, o jogador ficou fora da lista de Dunga para a Copa do Mundo. Antes de encarar o Corinthians, pelas oitavas da Libertadores, o atacante faltou a um treino sem qualquer explicação. No mesmo dia, o auxiliar Jorginho decidiu visitar o clube. Era o que faltava para o nome dele não estar na relação de convocados a viajar à África do Sul.
Adriano no treino do Corinthians sorridente (Foto: Ag. Estado)
Apresentado como uma estrela pelo Roma, em 9 de junho, Adriano ficou longe de recuperar o prestígio internacional que lhe rendeu o apelido de Imperador. O comportamento, grande preocupação do clube italiano, mudou. O atacante trocou as polêmicas e a agitação noturna, como acontecia no Internazionale, por uma vida mais pacata. Ele só não esperava por uma maré de azar e pelo desprezo do técnico Cláudio Ranieri.
A sequência de lesões começou logo na pré-temporada. Em agosto, pouco antes da estreia no Campeonato Italiano, Adriano sofreu um problema muscular na coxa direita durante um treinamento. A estreia, entrando no segundo tempo, aconteceu em 21 de agosto, na derrota por 3 a 1 para o Inter, pela decisão da Supercopa da Itália.O retorno aos gramados não foi nada animador. Fora de forma, Adriano não conseguia render o esperado e não contou com a simpatia do treinador. Por isso, ficou várias vezes sem sequer ser relacionado. Para complicar ainda mais, no fim de setembro, teve uma torção no tornozelo esquerdo, precisando de mais 15 dias para se recuperar.
Atento à dificuldade, o Corinthians iniciou no fim do ano o “namoro” com o Imperador. O jogador se mostrou interessado em atuar pelo Timão depois que foi convidado pelo amigo Ronaldo, já planejando a aposentadoria. Atacante e Alvinegro chegaram a um acordo financeiro, mas o Roma decidiu não liberá-lo. Gilmar Rinaldi, agente do atleta, era contra o retorno ao Brasil por entender que o camisa 9 não teria mais oportunidades na Europa se optasse pela saída.
Adriano ganhou um motivo a mais para deixar a Itália no dia 19 de janeiro, quando lesionou o ombro direito em duelo contra a Lazio. Ele retornou ao Brasil e irritou os dirigentes ao aparecer bebendo cerveja em um restaurante do Rio de Janeiro. Em seguida, se atrasou para voltar à Europa e dar continuidade ao tratamento. No dia 8 de março, os italianos anunciaram a rescisão de contrato. Chegava ao fim uma breve história: oito jogos e nenhum gol em partidas oficiais (confira a tabela acima) – fez apenas um em amistoso contra um combinado da região de Riscone Brunico, vencido por 13 a 0. Adriano vem se empenhando na recuperação. Até o momento, não cometeu deslizes e cumpre à risca todo o plano elaborado pelo Timão. A saudade ele mata acompanhando treinos do elenco corintiano. Como ainda não pode caminhar sem proteção, é levado para o banco de reservas do centro de treinamentos por um carrinho de golfe. Com previsão de até cinco meses para retonar aos campos, o Imperador ainda ficará mais tempo sem poder fazer o que mais gosta: gols!O desemprego durou pouco. Em 25 de março, Adriano foi anunciado como reforço do Corinthians com a esperança de atuar já em maio, na abertura do Campeonato Brasileiro, contra o Grêmio. Mas, em 19 de abril, o atacante rompeu o tendão do pé esquerdo ao fazer um treino de saltos, no CT Joaquim Grava, tendo que passar por uma nova intervenção.
- Para um atacante é muito ruim ficar todo esse tempo sem marcar. Até porque sou acostumado a fazer gols. Mas tive algumas contusões e fiquei fora de algumas partidas. Quando um atacante não balança a rede não é bom para o ego – declarou o Imperador, quando chegou ao Corinthians.

Um ano após início dos treinos para Copa, só dez sobrevivem com Mano


Mano menezes brasil convocação (Foto: Mowa Press)
Um ano após a viagem da delegação da Seleção Brasileira para Curitiba, local do início da preparação para a Copa de 2010, na África do Sul, o time canarinho se prepara para mais uma competição importante. Trata-se da Copa América, em julho, na Argentina. E do grupo convocado por Dunga para o Mundial, eliminado nas quartas de final após derrota por 2 a 1 para a Holanda, em Porto Elizabeth, apenas dez jogadores ainda fazem parte do elenco canarinho.
Na última quinta-feira, o treinador convocou 28 jogadores para os amistosos contra a Holanda, no dia 4 de junho, no Serra Dourada, em Goiânia, e diante da Romênia, quatro dias depois, no Pacaembu, em São Paulo. O jogo marcará a despedida de Ronaldo Fenômeno da Seleção Brasileira. Dos atletas lembrados, o comandante canarinho chamou o goleiro Julio César, os laterais Maicon e Daniel Alves, os zagueiros Lúcio, Thiago Silva e Luisão, o volante Ramires, o meia Elano, e os atacantes Robinho e Nilmar.
- Sempre se trabalha com uma probabilidade maior com alguns nomes porque há uma observação maior. O parâmetro é mais confiável para uns do que para outros. Uns têm uma trajetória mais significativa. E levamos isso em consideração para mesclar experiência com juventude – declarou Mano Menezes.
Julio César, Maicon e Lúcio, por exemplo, que chegaram à Copa do Mundo comemorando o título da Liga dos Campeões pelo Inter de Milão, hoje não têm a mesma condição. Na temporada 2010-2011, a equipe nerazurri só chegou à final da Copa da Itália, contra o Palermo. A partida será disputada na próxima semana.
felipe melo expulso holanda (Foto: agência Getty Images)
Daniel Alves, por sua vez, foi convocado com status de titular. O bom desempenho do camisa 2 do Barcelona o credenciou a também ser o dono da posição na Seleção. Ainda no setor defensivo, Thiago Silva, do Milan, se transformou o novo quarto zagueiro, principalmente pela queda de rendimento de Juan, que seguiu no Roma. Luisão manteve a regularidade no Benfica, mas segue como opção no banco de reservas do time canarinho.
Dos volantes, apenas Ramires sobreviveu ao fiasco na África do Sul. Além disso, o jogador trocou o Benfica e se tornou titular do Chelsea. Um dos poucos que tiveram bom desempenho na Copa de 2010 foi Elano. O atleta retornou ao Santos após passagem pelo Galatasaray.
julio cesar seleção brasileira (Foto: Divulgação/ Mowa Press)
No ataque, Robinho e Nilmar foram mantidos. Enquanto o "Rei das Pedaladas" trocou o Santos pelo Milan e levantou o caneco de campeão italiano. O outro seguiu no Villarreal e foi um dos destaques do "Submarino Amarelo" na última temporada atuando ao lado do italiano Giuseppe Rossi.
Dos 13 jogadores que foram ao Mundial na África do Sul, mas não estão nessa lista de Mano Menezes, o que ficou mais marcado foi Felipe Melo, expulso na derrota para a Holanda nas quartas de final. Já Luis Fabiano, considerado um dos melhores na Copa do Mundo, ainda luta para voltar a jogar após lesão no joelho. Ele foi repatriado pelo São Paulo.
Da comissão técnica, apenas o médico José Luis Runco segue na Seleção. Dunga deu lugar a Mano, o auxiliar Jorginho, a Sidnei Lobo, o preparador físico Paulo Paixão, a Carlinhos Neves e o preparador de goleiros Wendel, a Francisco Cersósimo. Essa equipe ainda ganhou o reforço do analista de desempenho Rafael Vieira.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Palmeiras espera fim da Libertadores para fazer proposta a Martinuccio


Alejandro Martinuccio comemora gol do Peñarol contra o Internacional (Foto: AFP)
Entre as várias opções que aparecem para compor o meio-campo e ataque do Palmeiras, o argentino Alejandro Martinuccio, do Peñarol-URU, é mesmo o favorito da diretoria. Sem alarde, o clube observa o jogador desde o ano passado e já prepara proposta para apresentar a ele assim que os uruguaios terminarem sua participação na Taça Libertadores. Com 23 anos e um baixo custo, Martinuccio é o atual objetivo. Seus direitos econômicos pertencem a um grupo de investidores argentinos.
- Ele tem que jogar a reta final da Libertadores, vamos deixá-lo tranquilo – desconversou o vice-presidente Roberto Frizzo.
O que Frizzo admite é a facilidade de garimpar bons jogadores na América do Sul, principalmente para o meio-campo. Sentindo a falta de um bom camisa 10 no mercado brasileiro, o Palmeiras quer recorrer ao argentino para fazer sombra a Valdivia. O Mago, atualmente, recupera-se de uma lesão na coxa esquerda. No entanto, seu histórico de lesões já incomoda a cúpula.
O vice e parte da comissão técnica já acompanham todos os passos de Martinuccio, bem antes de ele ajudar a eliminar o Internacional da Taça Libertadores – quando fez um dos gols da vitória uruguaia por 2 a 1. Entre o fim do ano passado e início desse ano, quando o clube buscava o atacante Viatri, do Boca Juniors, o nome do jogador do Peñarol já havia sido citado.
Os uruguaios recusaram proposta do futebol russo no início de 2011, mas agora já trabalham com a possibilidade de perder um de seus principais jogadores. Bastaria ao Palmeiras acertar salários e luvas – e adquirir parte dos direitos junto aos empresários. Além disso, o padrão salarial do futebol uruguaio é muito menor que o brasileiro.
- Os salários são menores mesmo, por isso facilita. É um mercado excelente. Camisas 10, por exemplo, já não fazemos mais aqui no Brasil. Mas eles aparecem muito nos times da Libertadores – lembrou Frizzo.
Se o ataque já tem seu alvo preferencial, a defesa também conta com o seu: Henrique, do Racing Santander-ESP. O Barcelona, dono dos direitos econômicos, só aceita negociar em definitivo, mas admite vendê-lo por cerca de € 4 milhões (R$ 9,2 milhões). O Verdão busca recursos para tentar viabilizar a contratação do zagueiro, que já passou pela equipe em 2008 – ano do último título paulista.

Muricy admite poupar titulares contra o Inter: ‘Chegamos no limite’


Muricy Ramalho admitiu depois do empate em 1 a 1 com o Once Caldas (veja vídeo ao lado), pela segunda partida das quartas de final da Libertadores, que poupará grande parte do elenco do jogo de estreia do Brasileirão, contra o Internacional, sábado, na Vila Belmiro. Numa sequência de 12 disputas seguidas (contando também o Paulista), sendo pelo menos dez em caráter decisivo, o treinador afirmou que não há como manter a equipe, que está cansada.
- Agora chega de ser romântico. Acabou. Não dá mais, senão vai ficar sem jogar. Não tem como recuperar (os jogadores). Vou tirar a maioria porque não tem condições. Vai chegar uma hora que é ser burro (manter o time), coisa que não sou – disse Muricy.
Nesta quinta-feira, o Santos espera a decisão de seu oponente na semifinal da Libertadores – Cerro Porteño e Jaguares decidem a outra vaga. Apesar de os jogadores torcerem para o time paraguaio avançar na competição, Muricy prefere não pensar nisso. O primeiro jogo, realizado no México, terminou 1 a 1.
Neymar e Muricy Ramalho na partida do Santos contra o Once Caldas (Foto: AFP)

- É difícil, não adianta escolher. Já parei de falar em cansaço porque se começar a pensar que o Jaguares joga longe e eu tiver de ir lá? Aí já vou cansado. Não tem jeito. Temos de passar por isso, e vamos dar descanso para os caras. Chegamos no limite e agora acabou.
Classificação para a semifinal da Libertadores e com um título do Paulista já no currículo, o Santos volta a treinar na tarde desta quinta-feira, no CT Rei Pelé. No sábado, o time misto do Peixe joga às 21h contra o Internacional, na Vila Belmiro.

Emerson Sheik já é do Corinthians e se apresenta segunda, diz empresário


emerson fluminense entrevista (Foto: Eduardo Peixoto/Globoesporte.com)
O Corinthians ainda não anunciou oficialmente a contratação do atacante Emerson Sheik, ex-Fluminense. Mas o empresário dele, Reinalto Pitta, confirmou o acerto.
- O Emerson já é jogador do Corinthians. Amanhã (quinta-feira) vou para São Paulo botar tudo no papel.O contrato vai até o fim de 2013. O próprio jogador já havia falado mais cedo, nesta quarta-feira, com a reportagem rapidamente, por telefone: "O caminho é esse, é o Corinthians". O gerente de futebol do Timão, Edu Gaspar, disse, depois do treino da manhã desta quarta, que a contratação de um atacante estava para ser anunciada. Era a pista inicial de que o Sheik estava negociando. Ele virou a opção mais forte depois de os dirigentes corintianos perderem Gilberto, do Santa Cruz, para o Internacional. Como acabou ficando sem este jogador, o Timão só deve anunciar o reforço oficialmente após a assinatura do contrato.
Emerson deixou o Fluminense no mês passado por um ato considerado de indisciplina na opinião da diretoria. Antes de um jogo contra o Argentinos Juniors, pela Libertadores, ele cantou o funk “Bonde do Mengão Sem Freio” no ônibus tricolor. E não teve mais clima para seguir com a camisa do Fluminense na opinião dos dirigentes.
Com 32 anos, Emerson foi revelado pelo São Paulo, em 1998. Ele passou seis anos no futebol japonês (Consadole Sapporo, Kawasaki Frontale e Urawa Red Diamonds) e depois foi para o Al-Sadd, do Qatar, onde passou mais cinco anos. Quando voltou ao Brasil, em 2009, para defender o Flamengo, ganhou o apelido de “Sheik”. Voltou aos Emirados Árabes, em 2010, até chegar ao Fluminense para ajudar o time a ser campeão do último Brasileiro.

Goleiros superam os ataques, e Ceará e Coritiba ficam no 0 a 0

Ceará e Coritiba esbanjaram fôlego e disposição nesta quarta-feira, no estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, no jogo de ida pelas semifinais da Copa do Brasil. Mas não o suficiente para criarem tantas oportunidades claras de gol. E quando elas aconteceram, Fernando Henrique e Edson Bastos estavam lá para garantir que a bola não estufasse as redes. A torcida do Vovô, da "Carroça Desembestada", bem que tentou apoiar, mas não foi suficiente para a equipe alvinegra sair do zero diante do Coxa.
As equipes voltam a se enfrentar na próxima quarta-feira, às 21h50m (de Brasília), desta vez no estádio Couto Pereira, em Curitiba. Um novo 0 a 0 leva para os pênaltis a decisão de quem será o finalista da Copa do Brasil. Empate com gols favorece o Ceará por causa do critério de gols marcados fora de casa. Quem vencer, por qualquer placar, estará na decisão contra Avaí ou Vasco - no primeiro jogo, em São Januário, também na noite desta quarta-feira, empate em 1 a 1.
Etapa inicial com muita correria e poucas chances de gol
Ceará e Coritiba encarnaram o espírito de decisão e iniciaram a partida a mil por hora. Se não havia muita inspiração, sobrava transpiração de ambos os lados. Se os donos da casa acharam que os visitantes ficariam fechadinhos no campo de defesa, se enganaram. Os paranaenses, inclusive, começaram mais efetivos na frente. Davi, por duas vezes, assustou Fernando Henrique. Primeiro, ele desviou de cabeça à direita do gol. Depois, arriscou de fora da área com força e obrigou o goleiro alvinegro a espalmar para fora.
Depois dos sustos, o Ceará foi empurrado para frente por sua torcida. A primeira boa chance veio na cabeçada de Erivélton, que o zagueiro Demerson salvou. No contra-ataque, no entanto, os paranaenses voltaram a ameaçar, desta vez com Anderson Aquino, num chute que passou rente à trave esquerda de FH.
A entrega dos jogadores dos dois times, assim como a forte marcação, acabou por equilibrar as ações, e as chances reais de gol foram escassas. Em cobrança de falta que passou rente ao travessão, aos 24, Diego Macedo acordou a torcida do Vozão, que mostrou apreensão com a dificuldade do time em se impor sobre o rival. Herói da classificação para a semifinal após fazer dois contra o Flamengo, Washington pouco produzia. Na única oportunidade que teve, desviou de cabeça nas mãos de Edson Bastos.
Antes do fim da primeira etapa, os cearenses ainda passaram por dois sustos. O rápido Rafinha fez boa jogada pela esquerda e bateu cruzado. A bola correu toda a área sem que algum jogador do Coritiba empurrasse para as redes. Aos 44, Anderson Aquino voltou a dar trabalho. Ele passou pela marcação e bateu rasteiro. Fernando Henrique fez a defesa com a perna.

Goleiros não deixam o placar ser alterado

O Ceará voltou ao campo com duas alterações: Cléber no lugar de Fabrício, que se machucou, e Osvaldo na vaga de Iarley. Com a troca de atacantes, Vagner Mancini tentou dar mais fôlego ao setor ofensivo, já que Iarley havia corrido demais e teve dificuldades para dar sequência aos lances. O panorama de equilíbrio do jogo, no entanto, não mudou. Apesar de ter mais posse de bola, o Vovô batia sempre de frente com a bem postada defesa alviverde.
A partida amarrada, com pouca criatividade no meio de campo, fez os treinadores buscarem alternativas no banco de reserva. Marcelo Oliveira lançou Tcheco no lugar de Davi. Mancini apostou na entrada do atacante Marcelo Nicácio na vaga do meia Thiago Humberto. E foi Nicácio quem acordou a torcida do Ceará, até então quieta na segunda etapa. O atacante recebeu dentro da área, girou e bateu forte de perna direita. A bola passou rente à trave.
A resposta do Coxa veio com outro jogador que havia acabado de entrar. Geraldo, substituto de Anderson Aquino, recebeu dentro da área e finalizou. A bola saiu prensada, e Fernando Henrique fez a defesa. O lance mais espetacular da partida, no entanto, saiu dois minutos depois, aos 28. Leonardo dominou dentro da área, ajeitou para a perna direita e chutou colocado. O camisa 1 do Vovô deu um salto e fez linda defesa.
O jogo ganhou em emoção perto da reta final. Pouco depois de FH salvar, Diego Macedo recebeu na linha de fundo e cruzou na medida para Marcelo Nicácio, que, dentro da pequena área, cabeceou para fora. Pouco depois, ele voltou a dar trabalho em uma cobrança de falta defendida por Edson Bastos. Até o apito final, os times se alternaram no ataque em busca da vitória, mas não era dia de a bola entrar. Graças à inspiração de Fernando Henrique e Edson Bastos.
 

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