Antes tarde (ou bem tarde, no caso) do que nunca. Andrezinho, sempre importante, jamais titular absoluto, agora finalmente consegue se fixar entre os 11 eleitos do Inter. Desde a chegada de Paulo Roberto Falcão, o meia vem sendo aproveitado sistematicamente. Chegou a colocar Oscar, um dos destaques da temporada, no banco. E pode, assim, comemorar a sequência que tanto almejou desde sua chegada ao Beira-Rio, em 2008.
Ele foi titular em todos os jogos do Inter com Falcão, não importando esquema de jogo, não importando desfalques ou retornos. Seja no 4-4-2, seja no 4-4-1-1, seja no 4-2-3-1, seja ao lado de D’Alessandro, seja acompanhado de Oscar, o jogador esteve em campo. E tem contribuído com jogadas de gol, além de marcar um no Gre-Nal do último domingo.
- Desde que cheguei, sempre frisei que o grupo era muito forte. A disputa sempre foi muito acirrada e sadia, e eu respeitando todos, a hierarquia, os colegas, mas sempre almejando a condição de titular. O jogador faz uma autoavalição. Nesses três anos, tenho minha autocrítica de que correspondi quando fui solicitado. É impossível um jogador que jogue todas as partidas 100% tecnicamente, taticamente. O balanço que faço é de ter correspondido, mesmo não tendo essa sequência. É diferente jogar dez minutos, meio tempo, depois passar um tempo sem jogar. Eu não faço nada mais e nada menos do que vinha fazendo. A sequência é que está maior – disse Andrezinho.
O meia não acredita que seu futebol tenho melhorado subitamente. A diferença, na visão de Andrezinho, é que agora surgiu uma sequência. E ele ressalta que sempre se sentiu pronto para receber uma chance maior.
- Acho que não é que eu tenha melhorado agora. O jogador tem que estar preparado. Primeiro, tem que trabalhar para ele mesmo, porque a oportunidade não diz a hora em que vai chegar. Imagine se eu tivesse desanimado... Sempre busquei esse meu espaço, mesmo ficando chateado, contrariado. Mas nunca deixei de fazer meu trabalho. O jogador tem que confiar em seu potencial, e sempre confiei.
Andrezinho tem a seu favor a versatilidade. Já jogou como segundo volante, meia pela direita, meia pela esquerda, centralizado, deslocado para os lados. São aprendizados que ele diz ter trazido da Coreia do Sul.
- Eu sempre tive essa compreensão tática. Aprendi muito. Quando comecei no Flamengo, comecei como segundo atacante. Quando fui para a Coreia, aprendi que todo mundo tem que correr, marcar. Já fiz várias funções – afirmou o atleta.
Andrezinho segue como titular do Inter. Ele irá a campo no Gre-Nal de domingo, no Olímpico, valendo o título do Gauchão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário