Desde o dia 6 de abril, o Santos está numa maratona de “finais”. Na noite daquela quarta-feira, o Alvinegro iniciou sua corrida para se manter vivo na Taça Libertadores ao vencer o Colo Colo-CHI, por 3 a 2 - não havia conquistado vitórias em nenhum de seus três primeiros compromissos na competição continental. Embalou. Em seguida, emendou com mata-mata de Campeonato Paulista. Passou batido até o título. De lá para cá, foram 12 jogos, dez deles decisivos. Nesta quarta-feira, contra o Once Caldas-COL, às 22h (horário de Brasília), no Pacaembu, disputa sua 11ª decisão em 13 jogos. O jogo vale vaga na semifinal da Libertadores, e o técnico Muricy Ramalho confia na grande fase de seu principal craque: Neymar.
Após vencer por 1 a 0 o jogo de ida, quarta passada, com show do camisa 11 em Manizales, na Colômbia, o Peixe joga por um empate. A vantagem, alertam os santistas, não quer dizer muita coisa, já que os colombianos chegaram até as quartas de final da competição continental sem vencer nenhum jogo em casa. Buscou pontos e viradas como visitante - nas oitavas de final, despachou o Cruzeiro, em Minas Gerais, após perder em Manizales na i Quem passar, encara o vencedor do confronto entre Cerro Porteño-PAR e Jaguares-MEX, que se enfrentam na quinta-feira, em Assunção. No jogo de ida, no México, empate em 1 a 1. Há ainda a hipótese de a Confederação Sul-Americana mexer no chaveamento para evitar uma possibilidade de confronto entre equipes de um mesmo país na final. Para que isso ocorra, é preciso que Cerro e Libertad cheguem à semifinal. Nesse caso, os dois times paraguaios se enfrentariam nessa fase. A missão do Libertad, porém, é muito complicada, pois perdeu o jogo de ida contra o Vélez Sarsfield-ARG, por 3 a 0, na Argentina. Depende de um milagre. Já o Cerro, pode empatar em 0 a 0 com o Jaguares. Se ambos passarem, Santos ou Once Caldas enfrentariam Peñarol-URU ou Universidad Catolica-CHI.
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Santos: busca chegar novamente a uma semifinal de Taça Libertadores. A última vez foi em 2007, quando acabou eliminado pelo Grêmio. Depois de vencer o Paulistão, a equipe esquece um pouco o cansaço e a maratona para seguir na trilha da América.
Once Caldas: visitante inconveniente, a equipe colombiana ainda não perdeu atuando fora de casa nesta Libertadores. Foram dois empates e duas vitórias, uma delas sobre o Cruzeiro, por 2 a 0, em Sete Lagoas, jogo de volta das oitavas de final. Um resultado supreendente, já que a Raposa, até então, era a melhor equipe da competição e havia vencido na ida por 2 a 1. É esse retrospecto que mantém os colombianos confiantes.
Santos: o meia Paulo Henrique Ganso e o lateral-direito Jonathan, machucados, são os desfalques. O volante Danilo, que cumpriu suspensão na final do Paulistão, contra o Corinthians, domingo passado, está à disposição e deverá atuar na vaga de Jonathan e não no meio de campo, como vem jogando. Lateral de origem, ele deverá quebrar o galho pelo setor. Muricy deverá fazer isso para não mexer na estrutura do meio de campo, setor que ele tem elogiado muito nos últimos dias. O quarteto de meio será formado por Adriano, Arouca, Elano e Alan Patrick (substituto de Ganso). A escalação provável: Rafael, Danilo, Edu Dracena, Durval e Léo; Adriano, Arouca, Elano e Alan Patrick; Neymar e Zé Eduardo.
Once Caldas: sem poder contar com o lateral-direito Calle, expulso na primeira partida, o técnico Juan Carlos Osório deve apostar em Palacios para a posição. O treinador não confirmou a escalação da equipe, mas a não ser por essa mudança forçada, não deverá alterar muito a formação com relação ao jogo de ida. A provável escalação: Martínez, Palacios, Amaya, Henríquez e Luis Nuñez; Henao, Mejía, Freddy Pajoy e Mirabaje; Dayro Moreno e Rentería.
Santos: o craque Neymar foi brilhante no jogo de Manizales e arrancou até aplausos da torcida adversária. Na ausência de Ganso, foi o principal armador do time e deu uma bola preciosa para Alan Patrick garantir a vitória. Espera-se muito dele no Pacaembu.
Once Caldas: conhecido dos brasileiros, sobretudo dos torcedores do Internacional, onde trabalhou com Muricy Ramalho, Rentería é o jogador mais perigoso do Once Caldas. Parte para cima e dá trabalho para os zagueiros.
Muricy Ramalho, técnico do Santos: "Temos de tomar muito cuidado. Contra o Cruzeiro, o Once Caldas jogou muito bem. É um time que joga melhor quando atua fora de casa. Além disso, têm experiência em Libertadores e ganharam uma (2004)."
Juan Carlos Osório, técnico do Once Caldas: "Edu Dracena e Durval são espetaculares. No meio tem Arouca e Adriano, marcadores. Danilo vai bem de uma área à outra. Elano na armação, muito bom. Na frente, Neymar é indiscutível e Zé Eduardo faz muitos gols. Então, preciso me preocupar com o coletivo. Precisamos controlar o jogo se quisermos ter alguma chance".
* Todos os jogos entre Santos e Once Caldas ao longo da história foram decisivos. Desde os confrontos de oitavas de final da Copa Conmebol de 1998, quando os times se encontraram pela primeira vez. Na ocasião, deu Peixe. No primero jogo, na Vila Belmiro, vitória por 2 a 1. Na volta, em Manizales, triunfo colombiano pelo mesmo placar. Nos pênaltis, o time brasileiro levou a melhor. Nas quartas de final da Libertadores 2004, o Once deu o troco: arrancou um empate na Vila, 1 a 1, e venceu em casa por 1 a 0. Chegou a hora do tira-teima.
* Vencer a primeira partida de mata-mata em Taça Libertadores costuma ser uma boa vantagem. Nas últimas seis edições da competição, de 2006 a 2011, em 46 oportunidades o vencedor do jogo da ida se classificou. Apenas 11 vezes houve virada.
* Com a eliminação de Internacional, Grêmio, Fluminense e Cruzeiro nas oitavas de final, o Santos é o único representante brasileiro nas quartas. A última vez que o futebol brasileiro teve apenas uma equipe nesta fase da competição foi em 1994 quando o São Paulo passou pela União Espanhola-CHI.
* Já a última vez que o Brasil não teve representante na semifinal da Taça Libertadores foi em 1991. Naquele ano, chegaram Colo Colo-CHI, Olímpia-PAR, Boca Juniors-ARG e Atlético Nacional-COL.
Quarta-feira passada, em Manizales, o Santos controlou o jogo e voltou para o Brasil com uma vitória por 1 a 0 na bagagem. Alan Patrick marcou o gol, completando ótimo passe de Neymar. No segundo tempo, com um jogador a mais (Calle foi expulso), o Peixe até criou chances para ampliar. Confira no vídeo ao lado.
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