É praticamente uma regra nos times que são comandados por Muricy Ramalho. Quando o treinador começa a montar a equipe, arruma primeiro o sistema defensivo. E depois parte para frente. No Santos não foi diferente.
Sempre criticada, a defesa foi o principal alvo do técnico, que está há pouco mais de um mês no clube. Se antes ele se aproveitava da fragilidade do setor, agora dificulta ao máximo a infiltração do adversário. Mas a frente santista tem sofrido para manter a fama do seu “DNA ofensivo”, como gosta de dizer o presidente Luiz Álvaro de Oliveira Ribeiro.
Comparado com os antecessores Adilson Batista e o interino Marcelo Martelotte, Muricy fez cair bem a média de gols do Peixe por jogo. Em 12 partidas com o atual treinador, o Santos marcou apenas 16 vezes, média de 1,33.
Em pouco mais de três meses como treinador do Santos, Adilson Batista teve a melhor média – 2,09 gols por jogo. Martelotte veio logo em seguida, com média de 2 tentos por partida. Ambos tiveram defesas frágeis, em contrapartida – os dois viram o Peixe levar 13 gols em suas passagens. Muricy tem somente quatro gols sofridos em 12 duelos, entre partidas válidas pela Libertadores e Campeonato Paulista, competição que venceu no último domingo.
- O time está bem equilibrado agora e criando muitas chances. Só falta ter tranquilidade na hora de finalização – afirmou o zagueiro Edu Dracena.
É verdade que a média de gols marcados de Muricy poderia ser maior. No empate em 1 a 1 com o Once Caldas, na quarta-feira, pelas quartas de final da Libertadores, a torcida santista sofreu com as falhas da equipe nas conclusões. Zé Eduardo, que não marca há 13 partidas, foi o principal alvo da ira de quem compareceu ao Pacaembu. Contra os colombianos foram duas finalizações do atacante, ambas para fora.
Na partida com os colombianos, o Santos finalizou contra o gol rival 15 vezes, com cinco chances reais de marcar. O resultado e a classificação foram garantidos graças ao gol de Neymar, que também perdeu um pênalti na disputa.
- O Zé tem sido uma peça importante no esquema. Uma hora a bola vai sobrar e ele vai fazer o gol. É só ter calma. A nossa confiança e do treinador nele é grande – defendeu Dracena.
Neste sábado, contra o Internacional, pela estreia do Campeonato Brasileiro, Muricy poupará todo o time principal – os jogadores ganharão descanso para estarem bem na quarta-feira, quando começa a semifinal da Libertadores para o Peixe. Sem Zé Eduardo e Neymar, o ataque deve ser formado por Keirrison, que tem nove gols em 30 partidas pela equipe, e Rychely, atacante recém-contratado e que não apresentou números expressivos no último Paulista pelo Santo André – foram somente três gols em 15 partidas.
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