O ano foi 2002. Atlético-MG e Corinthians se enfrentavam pelas quartas de final do Campeonato Brasileiro. No primeiro jogo, em Belo Horizonte, vitória avassaladora do time paulista por 6 a 2. Na partida de volta, novo triunfo, desta vez por 2 a 1. Não bastassem as duas derrotas e o fim do sonho atleticano de avançar na competição, outra coisa não sai até hoje da memória do atacante Mancini: o comportamento do volante corintiano Fabrício, hoje no Cruzeiro, que marcou o atleticano, assim como no domingo passado, no primeiro clássico entre os times pelas finais do Mineiro.
- Quem apanha nunca esquece. É uma rixa de quase dez anos. Não me esqueço daquela partida. O Fabrício provocou o tempo todo no primeiro jogo e, no segundo, como a vantagem do Corinthians era muito grande, ficava tirando sarro.
Para o atacante alvinegro, a entrada do volante ofuscou o brilho do espetáculo, já que jogadas mais ríspidas começaram assim que o jogador entrou em campo na etapa final.
Por sua vez, o volante cruzeirense afirmou que este tipo de situação fica apenas dentro de campo, mas não perdeu a chance de ironizar o rival.- No domingo, quando ele entrou, o jogo mudou. Ficou nervoso, com cartões e pancadas. É o jeitão do Fabrício. Mas deixa para lá. Domingo que vem, será um outro jogo e teremos de entrar muito concentrados.
- Isso é coisa normal, eu não levo para fora de campo. Eu costumo falar que futebol é lá dentro. E, dentro de campo, a gente costuma falar algumas coisas, fazer provocações. Ele me "elogiou", e eu o "elogiei" lá dentro. É experiente, rodado, jogou muito tempo na Europa. É um jogador que também tenta e tem as artimanhas para provocar os adversários. Eu também gosto desse tipo de jogo, e isso tudo é válido dentro de campo.
Sobre a rixa e as partidas citadas por Mancini, Fabrício aproveitou mais uma vez para provocar o adversário do próximo domingo.
Para a partida de volta, no próximo domingo, às 16h (de Brasília), em Sete Lagoas, Mancini espera um confronto ainda mais disputado. Mesmo com o Atlético-MG em vantagem na disputa - garante o título com um empate.- Não, não tenho rixa, não. Às vezes, um jogador perde de seis e nunca mais esquece. Eu, que ganhei de seis, não me lembro, então, é tranquilo.
- Será muito mais difícil. O Cruzeiro tem que vencer e terá torcida a favor. E, ainda, tem essas pequenas polêmicas do primeiro jogo. O time deles está mordido.
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