segunda-feira, 18 de abril de 2011

No fim, Vasco empata com o Olaria e termina na liderança do grupo


Já classificado para as semifinais da Taça Rio, o Vasco não repetiu as mesmas atuações dos últimos jogos, mas fez com que os torcedores voltassem para casa com um sorriso no rosto, na tarde deste domingo, no Moacyrzão, em Macaé. Em um jogo emocionante, o time, que saiu perdendo para o Olaria por 2 a 0, conseguiu se recuperar e igualar o placar aos 46 minutos do segundo tempo, com uma cabeçada de Rômulo. O resultado deixou o Cruz-Maltino em primeiro lugar no seu Grupo A.

Vasco e Olaria vão se enfrentar novamente, agora, em busca de uma vaga na final da Taça Rio. O encontro deverá acontecer no próximo sábado, no Engenhão. O outro duelo pelas semifinais será entre Flamengo e Fluminense, domingo.

Referência na frente faz falta ao Vasco
Leandro foi mesmo o escolhido do técnico Ricardo Gomes para substituir Alecsandro, pendurado com dois cartões amarelos. O Vasco perdeu a referência na área, mas ganhou em movimentação. Logo nos primeiros minutos a velocidade e o toque de bola deram a impressão de que foi a melhor opção. Diego Souza estava mais encostado no ataque e teve boas oportunidades. A primeira surgiu justamente nesta alternância com Leandro. A outra, perto do fim do primeiro tempo, parou nas mãos do goleiro Henrique após chute fraco.
Mas o encanto não durou muito. Assim como no ano passado, quando nenhum camisa 9 típico se firmou na equipe, os velhos problemas apareceram. Apesar da intensa troca de posições na frente, o time fica mais fácil de ser marcado, já que os zagueiros conseguem sair da área e adiantar a pressão. Quando tentava jogadas pelas pontas, não havia ninguém na área para finalizar. O time buscou então alternativas. Uma das surpresas foi o zagueiro Anderson Martins. Foram três investidas no ataque sendo que duas foram muito perigosas.
Mas o Vasco não conseguiu abrir o placar. E do outro lado tinha um Olaria organizado e jogando com disposição incrível buscando a sonhada classificação para as semifinais. Certo na defesa e procurando explorar os contra-ataques, o time representava perigo constante. Até que Waldir recebeu dentro da área e, com um drible de corpo, tirou Anderson Martins da jogada e bateu colocado no canto direito do goleiro Fernando Prass.
Vasco parte para cima com Bernardo, o novo xodó, e busca o empate
No segundo tempo o panorama pouco mudou. A grande diferença foi mesmo o time do Olaria. Os jogadores voltaram dispostos a matar o jogo e garantir a vaga nas semifinais. A cautela em relação ao poderio ofensivo do Vasco diminuiu e o time se lançou ao ataque. O resultado foi o segundo gol logo no início em jogada de Danilo pela direita e conclusão de Felipe, novamente sem chances de defesa para Fernando Prass.
Ciente de que seu time estava criando muito pouco, Ricardo Gomes sacou Leandro e colocou Bernardo. A fase do jovem de 20 anos é tão boa que os animados torcedores presentes no Moacyrzão pediam sua entrada desde o primeiro tempo e vibravam a cada toque que o camisa 31 dava na bola.
Coincidência ou não, o Vasco cresceu após a sua entrada. Sem ter de realizar qualquer tipo de troca, Diego Souza se posicionou bem avançado procurando ser a referência que tanto fez falta ao time na etapa inicial. E logo no primeiro lance, o camisa 10 recebeu de Eder Luis em jogada de velocidade e se jogou. O árbitro marcou pênalti convertido pelo xodó Bernardo. O gol esfriou a empolgação do Olaria e deu mais moral ao Vasco.
Para tentar corrigir o posicionamento, Ricardo Gomes lançou Elton no lugar de Felipe, que esteve sumido. A referência logo fez diferença e em duas oportunidades ele quase marcou, sendo uma delas após bicileta perfeita. Lances como esse intimidaram o Olaria que passou a querer segurar o resultado. Chance concreta apenas uma, milagrosamente salva por Anderson Martins. Já o Vasco se impôs e, no fim, após tanta insistência, Romulo conseguiu, de cabeça, empatar o jogo premiando a disposição do segundo tempo vascaíno.

Cruzeiro garante liderança geral com vitória magra em cima do Uberaba

Para quem estava acostumado a ver o Cruzeiro aplicar goleadas, tanto no Campeonato Mineiro, quando na Libertadores, o 1 a 0 deste domingo em cima do Uberaba foi decepcionante. Montillo, de pênalti, marcou o único gol do jogo. O magro resultado, porém, foi suficiente para manter a vantagem do time comandado pelo técnico Cuca - que terminou a etapa de classificação em primeiro lugar - na próxima fase da competição estadual. Já o Uberaba, apesar da derrota, confirmou a permanência na principal divisão do Mineiro.

O Cruzeiro volta a jogar no final de semana que vem, pela primeira partida das semifinais, contra o América TO, que terminou a fase de classificação em quarto lugar.

As duas equipes fizeram uma partida sem graça, com poucas emoções. Uma cabeçada de Wallyson para o gol, logo aos 10 segundos de jogo, deu o cartão de visitas cruzeirense ao Uberaba. Parecia que o time comandado por Cuca iria dominar o jogo. Depois do susto que todos levaram aos dois minutos, quando Pablo caiu de mal jeito no campo, o domínio foi total do Cruzeiro.
Aos oito minutos, Montillo cobrou falta cruzando para a área e Leo tentou de cabeça, quase abrindo o placar. Aos 14, depois de uma cobrança de escanteio, Gil cabeceou na rede, mas pelo lado de fora, enganando parte da torcida, que chegou a gritar gol. Mas o time da casa acordou e saiu para o ataque. Aos 15 minutos, Felipe tentou de cabeça, mas a bola bateu na trave e não entrou.
O Uberaba partiu para cima da equipe celeste e perdeu a melhor chance do jogo até o momento. Marcinho dominou pela direita e, em vez de tocar, preferiu cruzar para a área, já que Cadu chegava sozinho. O atacante chutou de primeira, mas a bola foi para fora, encobrindo o gol.
O jogo ficou mais equilibrado e, aos 42, Gustavo arriscou de fora da área, mas para fora. No contra-ataque, Cruzeiro sai em velocidade pela direita e, enquanto Wallyson cruzava para a área, Balduíno derrubou Ortigoza na área. Pênalti cobrado por Montillo, que mandou no canto direito de Fernando, sem chances de defesa.
Na volta para o segundo tempo, o técnico Nenê Belarmino pediu marcação mais intensa em Monitllo. E o jogo ficou equibilibrado no meio-campo. O Cruzeiro chegou com perigo aos 13 minutos, em cabeçada de Ortigoza. O goleiro Fábio pegou na bola pela primeira vez dois minutos depois, depois de uma bola recuada da defesa.
Aos 20 minutos, o Uberaba fez duas modificações, colocando um atacante (Hugo) e um meia (Ewerton Maradona) descansados. Menos de um minuto depois, Cuca também trocou peças, colocando Pedro Ken no lugar de Henrique. Pediu ao atacante para dar velocidade ao jogo.
Mas quem levou perigo foi o Uberaba, que quase empatou aos 24 minutos numa cabeçada sem jeito que acabou saindo pela linha de fundo. As duas equipes passaram a disputar mais a bola, criando chances, mas sem eficácia. Aos 38 minutos, Hugo tentou cabecear dentro da pequena área e quase empatou. Mas a partida terminou, mesmo, com o magro 1 a 0 no placar.

Nos pênaltis, Grêmio passa pelo Ypiranga e chega às semifinais

Em mais um jogo eliminatório emocionante para o Grêmio no Campeonato Gaúcho, desta vez em Erechim, a equipe treinada por Renato Gaúcho venceu o Ypiranga por 4 a 2 na decisão por pênaltis, após empate em 1 a 1. A partida foi disputada na tarde deste domingo, no Estádio Colosso da Lagoa, pelas quartas de final da Taça Farroupilha. Com o resultado, o Grêmio está classificado para a semifinal do segundo turno, contra o Cruzeiro.
Os dois gols foram marcados com pés esquerdos. Douglas, no primeiro tempo, colocou o Grêmio em vantagem. Mas, após o intervalo, Giovani empatou para o Ypiranga.
rodolfo grêmio x ypiranga (Foto: Wesley Santos/Pressdigital)
O Maestro voltou

Por dois jogos consecutivos, Douglas desfalcou o Grêmio. Gripado, o camisa 10 tricolor não atuou no empate com o Santa Cruz e na derrota para o Oriente Petrolero. Não foi à toa, portanto, o sorriso aberto pelo treinador quando anunciou, na última sexta-feira, que o 'Maestro' voltaria ao time contra o Ypiranga. A alegria de Renato Gaúcho se justificou aos 23 minutos. De fora da área, Douglas recebeu, mirou, e com o pé esquerdo programou a bola para atingir o ângulo reto formado, no alto, pelo poste direito e pelo travessão. Um golaço.

Apesar da boa atuação de Leandro, outro titular que voltou ao time, até o gol de Douglas o Grêmio não conseguia concluir com precisão. Borges chegou a errar um inacreditável lance sem goleiro, dentro da pequena área, servido por Leandro. Logo depois, o zagueiro Rodolfo repetiu o feito do colega, embora sem a mesma facilidade encontrada pelo centroavante.
Com a vitória parcial, o Grêmio estancou o ímpeto dos anfitriões, que não pouparam Victor de chutes à média distância. Mesmo pouco familiarizado com a posse de bola, o volante Adilson encarregou-se de responder, concluindo três vezes - uma para muito longe, outra passando perto, e a terceira no poste esquerdo.
Ainda no primeiro tempo, entretanto, Adilson acusou dores no tornozelo esquerdo e foi substituído pelo volante Fernando.
Empate emocionante

No segundo tempo o Ypiranga não se mostrou resignado com a derrota por apenas 1 a 0. Em vez de somente preocupar-se em evitar mais gols do Grêmio, jogou de forma equilibrada, tanto na defesa como no ataque.

De qualquer lugar do campo os jogadores do Ypiranga arriscavam. Desde a etapa inicial. Estratégia que deu resultado aos 17. Giovani, em chute improvável, acertou um canhotaço entre Victor e o poste direito, empatando a partida: 1 a 1.
Na sequência, Renato Gaúcho recorreu ao banco de reservas, trocando Douglas e Leandro respectivamente por Carlos Alberto e Lins. E na saída do garoto Leandro, até então destaque tricolor na partida, o treinador do Grêmio ouviu vaias e alguns murmúrios de 'burro, burro'.
Nos minutos finais, Grêmio e Ypiranga se atiraram ao ataque. O jogo tornou-se emocionante. Borges, depois Sylvestre, acertaram conclusões no travessão em duas oportunidades consecutivas. Insuficientes, entretanto, para desfazer a igualdade no placar.
Vitória nos pênaltis

Na decisão da Taça Piratini, contra o Caxias, o Grêmio conquistou o título do primeiro turno vencendo nos pênaltis, com índice de 100% no aproveitamento das cobranças - treinadas quase diariamente em Porto Alegre.

E Borges abriu as cobranças mantendo a média tricolor: 1 a 0 para o Grêmio. Cleiton empatou com a mesma precisão. Mas Lúcio foi parado por Luiz Carlos, que defendeu a segunda cobrança tricolor. Na sequência, Saulo manteve a igualdade em 1 a 1, acertando o poste esquerdo.
Rochemback recolocou o Grêmio à frente. E Frede empatou. Carlos Alberto fez o terceiro gol tricolor. E Victor defendeu o chute de Branco, deixando o Grêmio a um chute da semifinal.
Gabriel garantiu a vitória por 4 a 2 para o Grêmio nos pênaltis, com categoria, fazendo os tricolores vibrarem nas arquibancadas.
Próximo jogo

Ainda sem dia definido, o Grêmio enfrenta na semifinal o Cruzeiro, fora de casa - o local também não foi confirmado, pode ser o Estádio Passo D'Areia, em Porto Alegre (com gramado sintético) ou o Complexo Esportivo da Ulbra, em Canoas.

Flu vence e enfrenta Fla na semi da Taça Rio. Antes, pega os hermanos...


Bastava o empate com o Nova Iguaçu para o Fluminense assegurar vaga nas semifinais da Taça Rio. Com a cabeça na Libertadores - terá partida decisiva na quarta-feira, fora de casa, contra o Argentinos Juniors,.pela Libertadores, em que precisa da vitória e de tropeço do Nacional para passar à segunda fase -, o time até fez mais. Mesmo que de forma burocrática, poupando energias, venceu o adversário por 1 a 0, na tarde deste domingo, no Engenhão. Com os outros resultados, terminou em primeiro lugar no Grupo B. O que significa? Um Fla-Flu decisivo no próximo domingo, logo após o que promete ser uma verdadeira batalha contra os hermanos, no estádio Diego Maradona.
A torcida tricolor - pouco mais de quatro mil pagaram ingresso - sabe bem disso. Tanto que cantou no Engenhão repetidas vezes no fim do jogo musiquinha que diz: "Quarta-feira é guerra." Mas neste domingo, a partida foi bem tranquila. Fred, de pênalti, artilheiro do campeonato, fez o gol do triunfo - o seu décimo na competição - e quebrou o jejum de cinco jogos sem marcar. O Nova Iguaçu se despede em sétimo lugar do Grupo A, com 7 pontos ganhos.
Fred gol Fluminense (Foto: Photocamera)
Só o início é animador
Não foi um primeiro tempo encantador, que aquecesse a torcida tricolor para a semana que promete reservar grandes emoções. Mas serviu para que fosse cumprido o principal objetivo: sair na frente no marcador para administrar o resultado com tranqulidade até o fim. Os primeiros cinco minutos até que foram animadores. O time começou em ritmo bem acelerado. A ordem era garantir logo a vitória, essencial para poder poupar energia no segundo tempo. Desfalcado de Deco, suspenso -  Marquinho ocupou seu lugar -, o segredo do Flu era explorar o lado direito, seja com Conca ou Mariano. O lateral-esquerdo do Nova Iguaçu, Artur, na verdade estava improvisado na posição, o que facilitava a tarefa.
Enderson Moreira, o técnico tricolor, havia optado por Araújo no lugar de Emerson no ataque. O Sheik, que não foi ao treino de sexta-feira, perdeu a vaga. No banco, o atacante via a tal velocidade tricolor durar pouco. O Nova Iguaçu, de uniforme reserva - camisa preta com detalhes em laranja -, ficou aliviado da pressão inicial quando conseguiu uma falta num contra-ataque. O goleiro Diogo Silva viveu seu momento Rogério Ceni e fez cobrança perigosa, rente ao gol, assustando Ricardo Berna. Pouco depois, Fred respondeu em outra cobrança de falta, raspando o canto direito, no primeiro chute com perigo da equipe das Laranjeiras.
A partir daí, no entanto, a marcação da equipe da Baixada Fluminense apertou. As jogadas pelas laterais deixaram de acontecer. O técnico Zinho povoou mais o meio-campo, deixando menos espaços para Conca criar. E sem o camisa 11 inspirado, Fred e Araújo pouco recebiam para produzir.
Fred quebra jejum de gols
A Laranja da Baixada já era superior em campo quando, aos 17 minutos, após falta cobrada pela direita, o zagueiro Leonardo subiu mais que a defesa tricolor para testar firme, obrigando o goleiro Ricardo Berna a fazer boa defesa. Era a senha. Aos 20, na parada técnica, Enderson Moreira deu o alerta de que melhorar era preciso. Afinal, Botafogo e Olaria venciam suas partidas. Apesar de o empate bastar para a classificação do Flu, era bom fazer logo um gol para evitar problemas.
Fred Fluminense x Nova Iguaçu (Foto: Photocamera)
E o time entendeu o recado. Conca se movimentou mais, Mariano voltou a atacar pela direita e centrou para Marquinho. A cabeçada foi certeira, mas o goleiro Diogo Silva fez bem a sua parte, espalmando para escanteio. Pouco depois, aos 27, Fred girou para bater dentro da área. A bola resvalou no braço de Leonardo, bem aberto. O árbitro Marcelo Venito Pacheco não teve dúvidas em marcar o pênalti. E o camisa 9, finalmente, acabou com o jejum de cinco jogos sem marcar. O artilheiro do Campeonato Carioca bateu firme, à direita de Diogo Silva, sem chances, aos 28, marcando o seu décimo gol na competição.
Após o gol, a equipe tricolor voltou a tirar o pé do acelerador.  O Nova Iguaçu, sem chances de classificação e garantido na série A carioca do ano que vem, queria apenas fechar com dignidade a sua campanha na competição. O time partiu para buscar o empate e teve duas chances. A primeira, com Luan, que soltou uma bomba de fora da área, que tirou tinta da trave de Berna. A segunda, com Artur, que dentro da área pegou uma sobra mas tocou mal, pelo alto.
Ritmo cai no segundo tempo
Pouco depois de dada a saída da segunda etapa, o segundo gol do Olaria sobre o Vasco voltou a dar o sinal amarelo ao Fluminense. Um terceiro gol do time da Bariri tiraria a liderança do Grupo B dos tricolores, o que provocaria um confronto com o Vasco - o Flamengo empatava com o Macaé pelo Grupo A. Fred chegou a estufar as redes aos três minutos, mas na hora do giro para bater segurou o zagueiro Leonardo, e a falta foi marcada. Depois, Julio Cesar veio de trás, em jogada individual, mas perdeu o ângulo e o gol.
O Vasco diminuiu o marcador contra o Olaria, o Flamengo abriu o placar contra o Macaé. No Engenhão, a partida ficava cada vez mais morna. Com o Nova Iguaçu mais cansado em campo, o Flu se limitava a tocar a bola. A melhor jogada foi numa troca de passes entre Marquinho e Fred. O atacante fez um corta-luz e recebeu na frente para bater para fora, com perigo.
Zinho mexeu no Nova Iguaçu, trocando Maicon por Vinicius. No Flu, Conca, pendurado com dois cartões amarelos, foi poupado. Saiu para a entrada de Willians. A cabeça, mais do que nunca, já estava na Libertadores. Pouco depois, entrou o barrado Emerson no lugar do apagadíssimo Araújo. O Sheik até mandou uma bola na trave. Depois, o Nova Iguaçu teve chance de empatar, que Berna evitou. A vitória estava garantida. O Fla cedia o empate, e Ronaldinho perdia pênalti no último minuto. O Vasco arrancava empate com o Olaria. Agora, da parte tricolor, é esperar pela semana de emoções.

Ronaldinho perde pênalti, Fla tropeça no Macaé e pega o Flu na semifinal


Metas traçadas, mas cumpridas pela metade. O Flamengo entrou em campo na tarde deste domingo garantido nas semifinais, mas com a intenção de vencer o Macaé para ter chance de terminar a fase de classificação da Taça Rio na liderança do Grupo A e aumentar a séria invicta para 22 partidas. Faltou pouco para dar tudo certo. Faltou um gol. Um gol de Ronaldinho Gaúcho. O craque do time, vice-artilheiro da equipe na temporada, desperdiçou um pênalti aos 49 minutos da etapa final, no último lance do confronto. O empate por 1 a 1, no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, distante cerca de 120 km do Rio, deixa o Rubro-Negro com 16 pontos, na vice-liderança.

O primeiro lugar da chave esteve nas mãos do time de Vanderlei Luxemburgo, já que o Vasco empatou com o Olaria, em Macaé, por 2 a 2, e chegou a 17. Sendo assim, no cruzamento da próxima fase, o Fla enfrenta o Fluminense. Vasco e Olaria jogam mais uma vez na outra semifinal, provavelmente no sábado, já que o clássico deve ser no domingo, no Engenhão.

O Flamengo volta a jogar na próxima quarta-feira, mas pela Copa do Brasil. O time começa a disputa contra o Horizonte-CE nas oitavas de final, às 21h50m (de Brasília), no Engenhão. O Macaé termina em sexto no Grupo B, com oito pontos, e vai se preparar para a estreia na Série C do Brasileirão, em 16 de julho, contra o Marília, em casa.
Sem gols e sem graça

Foi um Flamengo diferente daquele que o rubro-negro está habituado a ver. Vanderlei Luxemburgo mudou meio time. Por obrigação, colocou Ronaldo Angelim no lugar de David Braz, suspenso. Por cautela, preservou os pendurados Léo Moura, Welinton e Willians. Galhardo, Jean e Fierro entraram, respectivamente. O treinador também preferiu poupar Thiago Neves. O camisa 7 ficou no banco, e Darío Bottinelli ganhou uma chance no meio-campo.
Tão tímido quanto nas poucas entrevistas que concede, o argentino esteve discreto em campo. Luta não faltou, mas ainda está distante daquilo que Luxemburgo enxergou no jogador. Foi o técnico quem pediu a contratação de “El Pollo”. Escalado como atacante, Ronaldinho teve de buscar jogo para auxiliar na armação. A primeira boa oportunidade surgiu na bola parada ensaiada, logo aos seis minutos. O camisa 10 cobrou falta da entrada da área, e Jean apareceu de surpresa. A cabeçada parou no goleiro Everton, e a zaga afastou o perigo.
O Macaé adotou uma postura cautelosa. O time do Norte Fluminense procurou ficar com a bola, rondou a grande área do Flamengo e assustou duas vezes em chutes de André Gomes e Johnatan. O primeiro errou a pontaria, e o goleiro Felipe espalmou a tentativa do lateral-direito.
Ronaldinho foi o mais perigoso entre os rubro-negros. Se movimentou bem, auxiliou na marcação, acertou e errou alguns passes, e assustou em chute da entrada da área. Apesar do péssimo estado do gramado do Raulino de Oliveira, ele conseguiu fazer a bola rolar até Deivid no ataque, num lindo lançamento. Everton saiu nos pés do atacante.
O Macaé voltou a incomodar em lance polêmico. Robson chutou cruzado, e Felipe espalmou. Indignado, o goleiro partiu na direção do árbitro para reclamar que o jogo fora interrompido para atendimento médico de Danilo, do Macaé, apenas depois da conclusão do atacante. O camisa 1 acabou punido com cartão amarelo por reclamação.

- É um jogo complicado, o campo não ajuda muito, fica difícil para controlar. A maior dificuldade é encontrar o tempo de bola para acertar um bom passe – resumiu Ronaldinho, na saída de campo.

Ronaldinho, até ele, falha

O descanso de Thiago Neves durou só 45 minutos, período em que Luxa teve paciência com Bottinelli. A chance de Deivid no ataque fora interrompida com o mesmo tempo. Diego Maurício voltou do intervalo no lugar do camisa 9. Sem um homem de área, Thiago, Ronaldinho e Diego se revezaram na linha de frente com boa movimentação. Aos 57 segundos, o camisa 10 lançou Thiago na área. O toque por cobertura, com capricho, tirou o goleiro Everton da jogada, mas André Gomes salvou quase sobre a linha. 
Renato tentou de longe, e Everton defendeu. Danilo respondeu da mesma forma para o Macaé, e Felipe pegou. Mais ágil e disposto em campo, o Rubro-Negro partiu em busca da vitória e fez pressão. Funcionou. Aos 12, Ronaldinho cobrou escanteio na segunda trave, e Jean cabeceou sem ângulo pelo lado direito. André Gomes tentou salvar, mas colocou para dentro: 1 a 0. Festa para o zagueiro, que anunciou a aposentadoria para o fim de 2012. Gol para colocar o time na liderança da chave.
O Macaé empatou com Bruno Luiz, dois minutos depois, mas a arbitragem marcou impedimento. Bill e Danilo desafiaram Felipe, mas o goleiro parou ambos. Foi com um bonito chute colocado que Thiago Neves quase ampliou, aos 17. A bola bateu nas duas traves e não entrou.
Thiago fez o time jogar mais e melhor. Ronaldinho, que havia feito um bom primeiro tempo, deu algumas boas arrancadas e distribuiu bons passes. O Flamengo, no entanto, não soube definir o resultado e deu brechas. O Macaé encontrou o atalho. Aos 33, Robson chutou, Felipe deu rebote, e o atacante Hyantony, sem qualquer marcação, completou de cabeça para o gol vazio: 1 a 1. 
Faltava força ao Rubro-Negro para reagir. O Macaé, por pouco, não conseguiu virar. Felipe fez boa defesa em chute cruzado de André Gomes. A chance de vencer, no entanto, voltou a surgir. Aos 47 minutos, o árbitro marcou pênalti de Marcos sobre Diego Maurício. Ronaldinho, como sempre, pegou a bola para cobrar. Apoio dos companheiros, da torcida, 49 minutos no cronômetro. O chute, no entanto, se perdeu sobre a meta de Everton. Ele também erra. O Fla-Flu, que não ocorreu na final da Taça Guanabara por um tropeço tricolor, está marcado: domingo, 24 de abril.    

São Paulo empata, vira líder e vai pegar a Lusa nas quartas de final


O São Paulo não ganhou, mas comemorou. O empate de 1 a 1 com o Oeste (assista aos gols ao lado), em Mogi Mirim, e a derrota do Palmeiras para a Ponte Preta – 2 a 1 em Campinas – fizeram com que o Tricolor terminasse a primeira fase do Campeonato Paulista na liderança, com 41 pontos (superando o Verdão no primeiro critério de desempate: número de vitórias - 13 x 12). Na fase seguinte, o adversário dos são-paulinos será a Portuguesa. A equipe de Itápolis também se classificou e irá encarar o Corinthians nas quartas de final. Os jogos serão no próximo fim de semana.
Já garantido no Paulistão e também visando o compromisso da quarta-feira, quando começa a disputar a fase de oitavas de final da Copa do Brasil, contra o Goiás em Goiânia, o técnico Paulo César Carpegiani optou por descansar boa parte dos seus principais jogadores e mandou a campo apenas três titulares: o goleiro Rogério Ceni, o zagueiro Rhodolfo e o meia Lucas.
Jogando em Mogi Mirim por causa de uma punição em decorrência de mau comportamento da sua torcida no clássico com o Corinthians na Arena Barueri, o São Paulo até começou melhor. Sob o comando de Lucas e com alguns bons momentos de Rivaldo e Wellington, o Tricolor ia criando chances. Do outro lado, o Oeste só arriscava poucas bolas de fora da área.
A primeira oportunidade clara foi num arremate de Cléber Santana que acertou a trave aos 36 minutos. Mas foi só a equipe do interior ser ameaçada para dar a resposta. Dois minutos depois, aos 38, Dionísio deu lindo passe para Reinaldo, que apareceu nas costas da defesa e chutou forte para estufar a rede de Rogério Ceni.
lucas são paulo x oeste (Foto:  Wander Roberto/VIPCOMM)
No segundo tempo, Carpegiani fez três mudanças – trocou Edson Ramos, Rivaldo e Willian José por Ilsinho, Marlos e Henrique – e conseguiu melhorar a equipe. E justamente dois dos que entraram na etapa final participaram a jogada do gol de empate. Aos 26, após jogada de Ilsinho e Lucas, a bola sobrou para Henrique deixar tudo igual.
O gol animou a torcida, mas o principal motivo de comemoração veio de Campinas. Quando o sistema de som do estádio de Mogi anunciou a virada da Ponte Preta para cima do Palmeiras (2 a 1), os tricolores sabiam que estavam pulando para a liderança da tabela. A essa altura, o rival da próxima fase seria o São Caetano. Mas um gol da Portuguesa no Canindé, sobre o São Bernardo, no último minuto, colocou a Lusa no caminho dos são-paulinos.
A Federação Paulista de Futebol define nesta segunda-feira à tarde, em reunião na sua sede, as datas e os locais os jogos da próxima fase. As quartas de final e as semifinais serão disputadas em jogos únicos, sem as partidas de volta, e a vantagem se resume ao mando de campo, já que igualdade nos 90 minutos leva a decisão para os pênaltis.

sábado, 16 de abril de 2011

Reestreia de Luis Fabiano com a camisa do São Paulo será no dia 27


O torcedor do São Paulo terá de esperar mais uma semana para matar a saudade do atacante Luis Fabiano. O técnico Paulo César Carpegiani, que tinha a idéia de antecipar a estreia do camisa 9 para a partida da próxima quarta-feira, contra o Goiás, em Goiânia, resolveu agir com prudência e resolveu guardar o Fabuloso para a partida do dia 27, contra o mesmo adversário, no estádio do Morumbi. O jogador ainda não se recuperou totalmente da lesão no joelho direito, sofrida na época em que ainda defendia o Sevilla (ESP).
são paulo luis fabiano (Foto: Agência Estado)
- Quando pensei em antecipar a estréia do Luis, duas questões precisavam ser equacionadas: a física e o marketing. Conversei com o pessoal do marketing, e eles não colocaram nenhum obstáculo, principalmente pelo fato de o jogo ser fora do Morumbi. Mas a questão física ainda não é a ideal. No meu time, atacante não é tão importante do ponto de vista tático e, por isso, mesmo que não estivesse em condições ideais, poderia jogar. Mas ainda estou esperando um parecer do departamento médico – afirmou o treinador são-paulino.
Enquanto o elenco disputou um coletivo nesta sexta-feira, Luis Fabiano correu pelo gramado e depois voltou para o Reffis para seguir o planejamento traçado pelo departamento médico. A tendência é que na segunda-feira o camisa 9 inicie a etapa de transição para o campo com o fisiologista Hamílton Tavares. Depois, ele será liberado para o preparador Riva Carli, que terá a mesma carga de trabalho dos companheiros.
- Imagina se a gente bota e ele sente (o joelho). Essa é uma preocupação. Temos que ter o aval médico, algo seguro, e depois a resposta do departamento físico e técnico. Para o dia 20, é muito difícil. Deve ficar para o dia 27 – ressaltou.
Carpegiani já tem na cabeça o time que será montado com a presença de Luis Fabiano. Ele repetirá o que foi feito no ano passado, quando escalou quatro homens de frente. Na época, jogaram Lucas, Dagoberto, Fernandinho e Ricardo Oliveira. Agora, o Fabuloso ficará com a vaga do último. E Fernandinho, que se recupera de fratura na fíbula da perna direita, será substituído por Marlos. Ou seja, mudam as peças, mas não a filosofia ofensiva da equipe que hoje tem o melhor ataque do Campeonato Paulista, com 38 gols.

Presidente santista garante que Ganso não jogará no Corinthians

ganso santos desembarque (Foto: Alexandre Massi / Globoesporte.com)
Após a vitória de 2 a 1 sobre o Cerro Porteño, quinta-feira, pela Taça Libertadores, a delegação santista desembarcou nesta sexta à noite, no aeroporto de Guarulhos. A atenção dos jornalistas e dos cerca de 20 torcedores que aguardavam o time estava voltada para Paulo Henrique Ganso.

O meia foi o último a sair. Entre o pouso do avião e o desembarque, quase duas horas. A todo instante, fãs do camisa 10 o paravam na busca por fotos e autógrafos. Outro motivo para o atraso foi a parada no free shop, onde o jogador permaneceu por um bom tempo fazendo compras.

Toda a espera, porém, foi em vão. Ganso pouco falou com a imprensa e, em meio ao tumulto, logo foi puxado pelo assessor de imprensa do clube em direção a um táxi. As únicas palavras proferidas foram:
- Não tem nada (de Corinthians). Não tem contrato. Sou jogador do Santos.
Sem o posicionamento do meia, coube ao presidente Luís Alvaro de Oliveira Ribeiro a missão de ser o porta-voz do atleta. Laor elogiou a atuação do jogador na última quinta-feira e garantiu que ele só sai do Peixe para atuar no futebol europeu.
- O Ganso me prometeu que no Brasil ele só joga pelo Santos. É natural que ele diga e pense isso, porque há um carinho enorme da torcida por ele, há uma identificação do futebol clássico dele com a camisa 10 do Santos e eu acho que ontem tivemos uma demonstração de como ele é importante para o time. Está voltando aos poucos, após sete meses de inatividade, e vai ser campeão da Libertadores, se Deus quiser.
Sobre a proposta feita ao jogador, o mandatário confirmou que o salário oferecido é idêntico ao de Neymar:
- Nós oferecemos a ele uma proposta no mesmo nível salarial do Neymar, que está feliz da vida. Um piso mínimo bastante expressivo e possibilidades infinitas de ganhar dinheiro aqui no Brasil. O que eu tenho insistido é que é natural que o Ganso queira jogar lá fora, mas que ele vai muito mais valorizado se esperar mais um ou dois anos. Vai com valor agregado, ganha títulos no Brasil e será objeto de interesse da imprensa do mundo inteiro, porque a Copa de 2014 será aqui.
Muricy Santos (Foto: Aexandre Massi)
Quem também recebeu elogios do presidente foi Muricy Ramalho. O treinador, que comandou o time em apenas dois jogos, ganhou pontos com o chefe após a atuação contra o Cerro.
- Ele é fantástico. Um cara gente boa, simples, bacana e inteligente. Já deu a cara dele ao time. O time jogou compacto e com uma velocidade incrível no contra-ataque. O Muricy é o cara.
O técnico do Peixe, como já é habitual, não quis falar com a imprensa no desembarque. Perguntado sobre a possibilidade de escalar um time reserva contra o Paulista, domingo, na Vila Belmiro, Muricy foi curto e grosso: “acho que sim.”

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