Quatorze jogos, nove gols e a artilharia do Campeonato Carioca. Esses são os números de Somália, que divide momentaneamente o posto de goleador do estadual com o centroavante Fred, do Fluminense. Desde que deixou o Shanghai Shenhua, da China, para acertar com o Duque de Caxias, em junho do ano passado, o atacante rapidamente encontrou o caminho das redes e, logo em sua estréia, fez os três gols da vitória por 3 a 2 sobre a Portuguesa, pela Série B de 2010. Agora, restando uma rodada para o fim da fase de grupos da Taça Rio, o jogador tenta repetir o feito de 2007, quando foi o artilheiro do Campeonato Paulista, defendendo o São Caetano, com 13 gols.
- Essa é a intenção (ser o goleador), mas a gente se preocupa em entrar em campo priorizando a vitória. Eu tento da melhor forma transformar em gol as oportunidades que o time consegue criar. Fiz 19 jogos ano passado e 14 gols - afirmou o atleta, que brinca com os xarás do futebol brasileiro:
- Tem muito Somália genérico por aí. Eu sou o verdadeiro. Somália é gol (risos).
Apesar da marca individual, o atacante vê o Duque de Caxias, quarto colocado do Grupo B com 11 pontos, com chances remotas de se classificar as semifinais da Taça Rio. Além de ter que torcer por um tropeço do Botafogo, na terceira posição com os mesmos 11 pontos, e por uma derrota de Fluminense ou Olaria, os dois primeiros colocados e ambos com 14 pontos, a equipe ainda precisa golear o Boavista para tirar uma diferença de seis gols no saldo dos concorrentes à vaga.
- Costumo falar que cada ano que passa o Carioca está mais disputado. Tem muitos jogadores bons, está mais nivelado. A gente acredita em trabalho. Até mesmo pelo treinador (Waldemar Lemos) e o que está sendo feito: logo depois que ele chegou, ganhamos duas partidas seguidas fora de casa e isso nos deu força. Infelizmente, pode ter sido tarde para a sequência do trabalho que a gente vem fazendo - lamentou o jogador
Somália não acredita na possibilidade do Boavista, time que tem uma parceria envolvendo trocas de atletas com o Duque de Caxias, possa favorecer a tarefa da equipe da Baixada Fluminense.
- Seria antijogo. Além disso, nós dependemos de outros resultados. Não que seja impossível, mas é muito difícil (a classificação). Tudo pode acontecer.
Aos 33 anos, Somália quase foi para o Avaí no final do ano passado, mas, segundo o atleta, a negociação parou por divergências entre as diretorias dos clubes. Sem citar nomes, o atacante conta que já recebeu algumas sondagens de outros times após a boa fase no Campeonato Carioca.
- Cheguei a fazer exames médicos (no Avaí), tudo estava certo. Ia ser uma troca (de jogadores), mas parece que houve um desacordo sobre quais seriam envolvidos no negócio. Mas continuei e estou muito feliz aqui. Tive algumas propostas, nada de concreto, mas não posso citar. Estou focado em cumprir meu contrato, que vai até o fim do ano - confirmou.
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