Do lado de fora do espaçoso apartamento, os termômetros marcavam 8º C. Dentro, aproximadamente 25º C.A primavera já chegou na Europa, mas em Colônia, cuja população é de um milhão de habitantes, o frio ainda não se foi totalmente. Foi esta cidade, a quarta maior da Alemanha, que Renato Augusto escolheu para viver. O caminho de carro até Leverkusen, onde joga o meia-atacante do Bayer, é curto. São apenas 20 minutos de uma viagem que permite a ele ver belas paisagens e uma linda e histórica catedral.
- É assim que eu gosto, que fique bem quentinho. Já me acostumei e adoro essa cidade. Tem bons bares e restaurantes, mas o frio realmente ainda é um problema para mim – disse Renato.
O jogador mora com Guilherme dos Santos e Leonardo Ribeiro. Os dois são amigos de infância e jogaram com o atleta nas divisões de base do Flamengo. Hoje, os "filhos", como Renato Augusto carinhosamente chama os dois, também jogam na Alemanha.
- Sou pai e responsável. Além de cuidar da casa, sou eu quem cuido da papelada deles – brincou o jogador.
Segundo Suzanne, Renato já fala alemão e entende perfeitamente as instruções do treinador, dentro e fora de campo. O camisa 10 do Bayer é um dos jogadores mais importantes no esquema tático de Jupp Heynckes. No time, que tem uma das maiores estruturas da Europa, o meia também cultiva amizades e garante que se dá muito bem com a estrela do time, Michael Ballack.
- Ele me trata muito bem, e dentro de campo a gente se dá bem. Mas tenho mais intimidade com o Arturo Vidal, que é chileno, e com o Castro , que é alemão, mas fala espanhol. Quanto ao clube, a estrutura é maravilhosa, e eles me dão todo o suporte.
A intimidade e o Flamengo no coração
É no quarto que o jogador tem seus momentos de sossego. Com a casa sempre cheia de amigos, Renato revela que é na espaçosa cama de casal que ele se isola um pouco e assiste aos seriados "Prison Break" e "House". No banheiro, cremes e perfumes enchem a prateleira do vaidoso camisa 10. Ele admite: o inverno europeu deixa a pele muito ressecada.
Flamenguista assumido, Renato admite ter muitos amigos na Gávea e elege a final da Copa do Brasil de 2006 (Flamengo x Vasco) como o jogo mais marcante de sua vida.
- Eu tinha acabado de subir para o profissional, e aquele jogo foi um divisor de águas para mim. Se o Vasco fosse campeão, iria ficar lembrado como um perdedor. Eu precisava me firmar no time. No gol do Luizão eu até chorei – lembrou.
Seleção Brasileira e o sonha da Copa do Mundo
Acostumado a vestir a camisa10 rubro-negra (do Flamengo e do Bayer Leverkusen), o meia agora quer se firmar com outra camisa: a amarelinha da Seleção Brasileira. Convocado por Mano Menezes para os dois últimos amistosos (França e Escócia), Renato Augusto deseja se manter entre os escolhidos pelo treinador.
- A curto prazo quero jogar a Copa América. Preciso mostrar que posso participar dessa competição. Preciso de um pouco mais de oportunidade, e é claro o meu maior sonho é jogar a Copa de 2014 no Brasil. Nossa, atuar no Maracanã seria um sonho. Ali sempre foi a minha casa - finalizou.
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