sábado, 9 de abril de 2011

Renato completa 50 jogos, com 30 vitórias: 'Não tem o que questionar'


Renato Gaucho Grêmio (Foto: Eduardo Cecconi / Globoesporte.com)
Maior ídolo da história do clube, autor dos gols tricolores na conquista do Mundial em 1983, torcedor manifesto, Renato Gaúcho não se intimidou quando foi chamado ao trabalho pelo Grêmio, em agosto do ano passado. À época, assumiu o cargo de treinador de uma equipe ameaçada de rebaixamento no Brasileirão, desacreditada pela torcida, e em crise evidente.
Após 50 jogos com Renato à beira do campo, a fase é outra. O Grêmio saiu das últimas colocações para o 4º lugar do Campeonato Nacional, classificou-se para a Taça Libertadores - e já passou antecipadamente às oitavas de final da competição continental - e conquistou a Taça Piratini, como é chamado o primeiro turno do Gauchão.
Os números reiteram um sentimento manifestado por Renato com sua característica sinceridade.
- Não tem o que questionar. Os números não mentem. E isso tudo aconteceu pegando a equipe em penúltimo lugar do Brasileirão - afirmou, em entrevista exclusiva ao GLOBOESPORTE.COM.
Nestes 50 jogos, o Grêmio de Renato comemorou 30 vitórias, empatou 11 vezes, e perdeu apenas 9. O aproveitamento é de 67,3%. A artilharia é pesada: 103 gols marcados (média de 2,06 por jogo) e 53 sofridos (1,06). Na contabilidade de Renato, consta a vitória do time reserva sobre o Inter B no Gre-Nal disputado em Rivera, no Uruguai - ele não foi ao jogo, mas treinou e escalou a equipe durante a semana, e passou por telefone as instruções, incluindo substituições, ao auxiliar Roger.
- Claro que conta o Gre-Nal. Passei o jogo inteiro no telefone com o Roger, treinei o time durante a semana. Conta, sim.
Para Renato, o principal deste contexto é o resgate da autoestima dos torcedores.
- Quando eu cheguei o Grêmio jogava para 4 ou 5 mil pessoas. Hoje não vêm menos de 30 mil, e o público vem para apoiar, para incentivar - afirmou.
As vitórias e o bom aproveitamento, segundo Renato, também partem do envolvimento do grupo de jogadores com sua filosofia de trabalho.
- O grupo leva a sério, entendeu a filosofia de trabalho. A média defensiva ainda pode melhorar, mas nossa equipe joga para frente. Nossa média é de dois gols por jogo. Isso é muito bom.
Ser o personagem histórico de um clube com mais de cem anos desde a fundação, em 1903, não lhe faz temer as cobranças naturais sobre uma pessoa de quem os gremistas esperam muito.
- Eu sabia da cobrança, mas sabia também da qualidade desse trabalho e do grupo. Quando a equipe engrenou, aí é outra história.
Renato lembrou ainda o grau de dificuldade dos jogos que integram sua estatística nos primeiros 50 enfrentamentos como treinador do Grêmio.
- Foram poucos jogos de Gauchão, muitos com reservas ou time misto. Pegamos jogos muito fortes de Brasileirão e de Libertadores, com alta exigência - concluiu.

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