segunda-feira, 11 de abril de 2011

Na estreia de Muricy, misto do Santos só empata com o Americana


 Ainda não foi neste domingo que o Santos fez as pazes com a vitória no Campeonato Paulista. Após ser derrotado pelo Palmeiras no último domingo, a equipe apostava na estreia do técnico Muricy Ramalho e nas presenças de Neymar e Paulo Henrique Ganso para bater o Americana e subir na tabela de classificação. Porém, a falta de inspiração na maior parte do tempo e o péssimo gramado do estádio Décio Vitta impediram que a equipe conquistasse algo melhor do que o 0 a 0 (assista aos principais lances).
Com o empate, o quinto em 18 partidas disputadas, a equipe manteve-se na quarta colocação, com 35 pontos, mesma pontuação do Corinthians, que, no entanto, leva vantagem por ter melhor saldo de gols (19 a 17). Já o Americana, que estacionou na 11ª colocação, com 23 pontos, tem remotíssimas chances de classificação às quartas de final do estadual.
Muricy escala três atacantes, mas gramado estraga jogo
Em sua primeira partida como treinador do Santos, Muricy Ramalho manteve o “DNA ofensivo” da equipe e escalou três homens no ataque: Neymar, Zé Eduardo e Maikon Leite. Em relação ao time considerado principal, só mais dois titulares foram escalados: Pará e Elano. Este último não estará em campo na partida de quinta, contra o Cerro Porteño-PAR, pela Taça Libertadores da América por ter sido expulso contra o Colo Colo-CHI. Todas as outras peças foram preservadas pela comissão técnica para o duelo do meio de semana. Do outro lado, um Americana sem problemas e que precisava a qualquer custo da vitória para seguir vivo na briga por uma vaga nas quartas.
Muricy Ramalho conversa com Neymar no jogo do Santos contra o Americana (Foto: Futura Press)
Apesar da vocação ofensiva do Peixe e da necessidade de buscar o resultado da equipe da casa, o primeiro tempo foi um verdadeiro banho de água fria nos torcedores que compareceram em bom número ao Décio Vitta. As fortes chuvas que começaram a cair durante a tarde  castigaram bastante o gramado, o que dificultou a criação de jogadas.
Muricy pôs Neymar aberto pela esquerda, Maikon Leite como um ponta pela direita e Zé Eduardo mais centralizado. Bem marcado, o ataque santista só foi levar perigo aos 37. Zé Eduardo deu passe açucarado para Maikon Leite, que invadiu a área e bateu cruzado, à direita de Jaílson com muito perigo. O Americana também teve uma boa chance, aos 40, em chute de Marquinhos. Aranha, que fazia sua estreia com a camisa do Peixe, fez boa defesa e mandou para escanteio. Aos 45, o Peixe assustou novamente, em cobrança de falta de Elano, bem defendida por Jaílson.
Jogo melhora na etapa complementar
No segundo tempo, a chuva deu uma trégua, e o gramado, com uma ligeira melhora, permitiu que as equipes passassem a conduzir a bola, o que até então era impossível. O Americana começou mais ligado. Magal, em duas cobranças de escanteio, deu trabalho a Aranha. Aos sete, Lucio Flavio aproveitou bobeada da defesa santista e bateu cruzado para fora, com muito perigo. Aos 14, Marquinhos assustou em chute de fora da área.
O Peixe voltou com o meia Alan Patrick na vaga de Maikon Leite e respondeu aos 21, quando Neymar arriscou chute, a bola desviou em Alan Patrick e deu muito trabalho a Jaílson, que conseguiu mandar pela linha de fundo. Seis minutos depois, Possebon disparou uma bomba de fora da área, e o goleiro do Americana fez grande defesa. Percebendo o crescimento da equipe, Muricy Ramalho resolveu colocar Paulo Henrique Ganso em campo.
A entrada do camisa 10 deu mais movimentação ao Peixe, que voltou a assustar aos 34, em chute de Zé Eduardo de fora da área. Aos 39, Alan Patrick fez jogada individual e, na hora do chute dentro da área, foi bem desarmado por Leo Silva. O Americana respondeu no minuto seguinte e chegou a marcar com Fumagali, mas o auxiliar Reinaldo Rodrigues dos Santos anulou o lance, alegando impedimento do camisa 10 do Americana, que não existiu, já que ele recebeu a bola do lateral santista Alex Sandro.

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