sexta-feira, 8 de abril de 2011

Um ano depois, Celso Roth revive incertezas de Fossati


Celso Roth Internacional (Foto: AP)
Houve um momento no ano passado em que o técnico uruguaio Jorge Fossati disse que precisaria refletir sobre se valia a pena seguir no Inter, tamanha era a incerteza que o rondava. E nem houve tempo para muita reflexão. O clube agiu primeiro e decidiu demiti-lo, mas com a segurança da classificação para as semifinais da Libertadores. Seu substituto foi Celso Roth, que, ironicamente, vive situação parecida em 2011. O técnico não tem garantias de que comandará o Inter nas etapas de mata-mata da competição que conquistou na temporada passada.
A batata de Celso Roth assa desde a perda do Mundial. Um dia depois da derrota para o Mazembe, a saída dele era praticamente certa em Abu Dhabi. Mas a intervenção de Fernando Carvalho, na época vice-presidente de futebol, e a falta de opções no mercado renderam a permanência do treinador. Porém, ele iniciou o ano com resistência interna, dentro da própria diretoria. Não significa que ele seja visto como mau treinador. Longe disso. A questão é que pairam dúvidas, no clube, sobre ele ser o técnico mais adequado para o momento colorado.
Roth tem apenas duas derrotas na temporada. Mas o mau momento do time preocupa. São empates sequenciais no Gauchão, aliados ao insucesso contra o Jaguares. Aumentou a pressão da torcida, e tudo que a diretoria garante é uma permanência “momentânea” do treinador, conforme o vice-presidente de futebol do clube gaúcho, Roberto Siegmann, evidenciou em entrevista para a Rádio Bandeirantes. Questionado sobre a permanência do técnico, ele tangenciou e disse que seria importante primeiro classificar e depois analisar o que acontece. A exemplo do que ocorreu com Fossati, a classificação pode ser a senha para a saída de Roth.
O Inter não tem dúvidas de que tem um elenco qualificado. E se questiona sobre os porquês de a qualidade por vezes não ficar tão evidenciada. O presidente do clube, Giovanni Luigi, diagnosticou que o time não tem conseguido superar retrancas. Siegmann, contra o Jaguares, viu problemas inclusive no comportamento da equipe, uma reclamação também de boa parte da torcida.
Celso Roth admite que a atuação foi muito ruim no México. Mas vê o rendimento como exceção.
- Isso foi um jogo. Não é nosso modelo, não é o time, não são os jogadores. É um jogo em que não fomos bem – disse o treinador.
O próximo jogo do Inter pela Libertadores é no dia 19, no Beira-Rio, contra o Emelec. Um empate basta para o time colorado garantir a classificação. A permanência de Roth dependerá do que acontecer com o time colorado no Gauchão até lá e do próprio desempenho nessa partida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivo do blog